Saúde vai acelerar recrutamento de médicos para atender indígenas
A atuação dos profissionais seria de maneira permanente nos distritos sanitários indígenas

Ferreira Gabriel
Publicado em: 22/01/2023 às 17:12 | Atualizado em: 25/01/2023 às 08:07
O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (22) que estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei). A medida será adotada por causa da desassistência sanitária da população do território Ianomâmi.
Segundo a pasta, o recrutamento seria de médicos tanto formados no Brasil como no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive no Dsei Ianomâmi, onde quase 100 crianças morreram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.
Os Dsei são unidades de responsabilidade sanitária federal e correspondem a uma ou mais terras indígenas.
“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Ianomâmi, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.
Ainda de acordo com a pasta, a medida é uma das ações da Sala de Situação, criada na sexta-feira (20), para apoiar ações de enfrentamento à desassistência dos povos que vivem no território Ianomâmi.
Criado na gestão de Dilma Rousseff (PT) em 2013, o programa Mais Médicos sofreu resistências do último governo, que decidiu criar um novo programa em 2019, o Médicos pelo Brasil, para substituir o programa petista.
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Foto: Divulgação/Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi)