A falta de chuvas tem castigado os estados do Norte do país, levando o Rio Madeira, em Rondônia, a enfrentar uma de suas piores secas da história. O baixo nível do rio está comprometendo o transporte de combustíveis e, consequentemente, deve provocar um aumento nos preços, segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
Impacto no transporte e distribuição de combustíveis
As distribuidoras de combustíveis de Manaus, que abastecem parte de Rondônia e Acre, dependem do transporte fluvial pelo Rio Madeira.
Devido à seca, a navegação está mais lenta e as balsas estão operando com capacidade reduzida para evitar encalhamentos nos bancos de areia. Esse cenário eleva os custos de transporte, impactando diretamente o preço final dos combustíveis.
Preocupação dos revendedores
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Acre (Sindepac) expressou preocupação com a situação. “Aqui em Rio Branco também não vai ser diferente, algumas distribuidoras já estão repassando os reajustes devido à mudança no transporte modal dos combustíveis”, afirmou Delano Lima, presidente do Sindepac. Ele destacou que o aumento no preço pode reduzir o consumo de combustíveis e prejudicar tanto os revendedores quanto a comunidade em geral.
Estimativas de reajuste
O Confaz estima que o reajuste pode chegar a até 20% devido à crise hídrica. Isso representa um aumento médio de R$ 0,40 por litro no preço da gasolina e do diesel. A mesma situação foi registrada no ano passado, demonstrando que a recorrente crise hídrica tem impactos significativos na economia regional.
Consequências da seca
A seca no Rio Madeira não apenas dificulta a navegação, mas também amplia os custos operacionais e logísticos para as distribuidoras de combustíveis. O aumento no preço dos combustíveis afeta diretamente a população, que já enfrenta desafios econômicos. Com o aumento de até 20%, os consumidores terão que lidar com um custo adicional substancial, agravando ainda mais a situação econômica nas regiões afetadas pela seca.
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Perspectivas futuras
A expectativa é de que as chuvas retornem e ajudem a normalizar os níveis dos rios, permitindo uma retomada das operações normais de transporte. Até lá, tanto consumidores quanto distribuidores precisarão ajustar-se a este cenário desafiador, buscando alternativas para minimizar os impactos econômicos e sociais decorrentes da crise hídrica.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil