Seca de rio na Amazônia se aproxima de marca histórica
O manancial fica a 0,72 centímetros da menor cota histórica já registrada desde 1971, ano em que começou a ser monitorado

Ferreira Gabriel
Publicado em: 11/07/2022 às 11:39 | Atualizado em: 11/07/2022 às 11:39
Com o período de estiagem na Amazônia, a seca dos rios deve atingir marca histórica. É o caso do rio Acre na capital acreana, que amanheceu no domingo (10), com 2,02 metros.
Ao atingir esse nível, o manancial fica a 0,72 centímetros da menor cota histórica já registrada desde 1971, ano em que começou a ser monitorado. A menor marca foi 1,30 metro, no dia 17 de setembro de 2016, segundo a Defesa Civil Municipal.
Assim como nos outros anos, o nível do rio começou a baixar em maio deste ano, mas, em junho, o período de estiagem ganhou força.
A partir de então, começou a sofrer um decréscimo com poucos dias de estabilidade, segundo levantamento diário feito pela Defesa Civil Municipal.
O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, explica que com a pouca previsão de chuvas a tendência é que o nível do rio baixe ainda mais.
“A tendência é as chuvas cessarem e a previsão é que neste ano de 2022 a gente tenha uma seca severa e ondas de calor mais elevadas do que tivemos nos últimos anos.”
Operação Estiagem
A Operação Estiagem inicia nesta segunda-feira (11) e a previsão é atender 18 comunidades da capital acreana que não têm rede de distribuição de água e que devem sofrer com o desabastecimento durante a seca. São, geralmente, famílias que dependem de poços, represas e água da chuva.
Em 2021, segundo Falcão, a operação atendeu 17 comunidades com mais de 8,3 mil beneficiados. A operação ocorre desde 2019.
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Foto: Hugo Costa/Rede Amazônica Acre/Arquivo