Palco de crimes como os recentes ocorridos no Vale do Javari, em Atalaia do Norte, a Justiça eleitoral recorre às forças federais para a segurança nas eleições na fronteira. O emprego de agentes do Exército e da Polícia Federal, por exemplo, começou a ser autorizado.
Neste dia 22, o TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral) do Amazonas autorizou esse reforço para os municípios de Benjamin Constant, na tríplice fronteira com Colômbia e Peru, e Boca do Acre.
O juízo eleitoral de Benjamin Constant, da 20ª zona, alegou, entre outras, que a região é de “forte incidência de crimes de tráfico de drogas e crimes conexos”.
Além disso, a maioria dos locais de votação é na área rural, de acesso dificultado pela distância da sede do município.
Também apontou o juiz eleitoral que os efetivos das polícias do estado são deficitários e a segurança pública não é prestada a contento.
Dessa forma, a preocupação é evitar a insegurança na eleição verificada em 2020, com “registros de boca de urna, compra de votos, aglomerações, perturbações da ordem, dentre outros”. A decisão foi do desembargador eleitoral Fabrício Marques.
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PM sem efetivo
Quanto a Boca do Acre, quem deferiu o pedido de forças federais foi o desembargador eleitoral Kon Tsih Wang.
No pedido que analisou, Wang levou em conta que o próprio comandante da Polícia Militar afirmou não possuir tropa para cobrir os 62 municípios do Amazonas no dia da eleição.
O município fica na faixa de fronteira com Peru e Bolívia.
Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real