A Susam (Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas) e a Semsa (Secretaria Municipal de Saúde de Manaus) reuniram os gestores das suas unidades, na última quarta-feira, dia 6, para reforçar o alinhamento da nova configuração do sistema de atendimento médico por consultas e evitar as filas.
O novo formato entrou em funcionamento esta semana, em fase de testes, em unidades da rede estadual, como policlínicas, hospitais/prontos-socorros, centros de Atenção Integral à Criança (Caic) à Melhor Idade (Caimi) e serviços de Pronto-Atendimento (SPA).
O sistema irá integrar, também, as unidades municipais. Na segunda fase abrangerá as fundações de saúde.
Agora, o paciente em atendimento em qualquer unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e que precise de consulta ou exame especializados, já fará, ali mesmo, a solicitação online, com equipe destacada para isso.
Depois, receberá a confirmação e as informações necessárias, por telefone e mensagem de SMS.
A apresentação do novo sistema foi feita, nesta quinta-feira, dia 7, pelo secretário de Saúde, Francisco Deodato .
Segundo ele, o novo modelo está em fase de testes por 90 dias, período durante o qual serão feitos ajustes, se necessário.
Reconstrução da saúde
A medida, segundo ele, faz parte do plano de reconstrução da saúde, executado pelo Governo do Amazonas, e procura enfrentar um problema que vem de anos, que são as filas na madrugada em frente às unidades que realizam procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidades.
A principal mudança que está sendo feita, disse ele, é que essas unidades não terão mais seu próprio sistema de marcação de consulta, com distribuição de senhas.
O processo será feito integralmente pelo Sistema de Regulação (Sisreg ) e no momento em que o paciente receber o encaminhamento médico.
O que vinha ocorrendo antes, explica Deodato, é que as unidades disponibilizavam, via Sisreg, apenas um determinado porcentual das vagas.
O restante era usado a critério de cada uma, prática que se consolidou em gestões passadas e que acabava por estimular a formação de filas.
SUS
No novo processo, todas as vagas disponíveis na rede pública, composta por unidades estaduais, municipais, federais, clínicas e laboratórios conveniados com o SUS, terão que ser lançadas no Sisreg.
Isso vai facilitar a visualização integral da oferta dos procedimentos, dando maior transparência e total controle ao processo de regulação, promovendo, assim, a equidade entre os usuários.
No Sisreg, a prioridade é definida por critérios próprios do sistema de regulação, que combinam ordem de chegada, urgência e a gravidade do paciente.
Semsa e Susam
O secretário de Saúde da Prefeitura de Manaus, Marcelo Magaldi, disse que a integração do sistema de regulação é um marco.
“É uma mudança importante. Democratiza e amplia o acesso do cidadão. Temos a convicção de que vai melhorar o processo”, afirmou.
Criado pelo Ministério da Saúde para regular a oferta e marcação de procedimentos de média e alta complexidade no SUS, o Sisreg foi implantado no Amazonas em 2009, porém, nunca foi integralmente adotado.
“É um programa criado para garantir o acesso do usuário ao SUS e não para restringir. As pessoas hoje têm desconfiança sobre o sistema, mas isso se deve ao fato de a rede de saúde local não ter se adequado ao modelo. É essa adequação que estamos buscando, desde que a atual gestão assumiu”, disse Deodato.
O secretário destaca que o objetivo da adequação do sistema de regulação é, também, reduzir o tempo de espera do usuário, garantido que todos tenham, na medida das suas necessidades, as mesmas oportunidades.
Fonte: Susam/Secom
Foto: Valdo Leão/Secom-AM