Os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) estarão em Tabatinga, no Amazonas, para lançar a rota multimodal Manta (Equador)-Manaus.
Esse itinerário é tido como importante para a Zona Franca de Manaus (ZFM) na entrada de insumos e na exportação de produtos.
Driblando a necessidade de passar pelo canal do Panamá, a rota consegue chegar à Ásia por meio do oceano Pacífico.
Dessa forma, o tempo de viagem da capital do Amazonas pode cair até pela metade, de 60 para 30 dias, em média.
Como resultado, uma economia importante nos custos logísticos, por exemplo.
O anúncio da ida dos ministros à cidade da tríplice fronteira do Brasil com Colômbia e Peru foi feita pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT), principal entusiasta desse projeto há anos.
Conforme Campos, o projeto dessa rota foi inserido no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) como prioritário.
A previsão de investimento do governo federal é de US$ 10 bilhões, afirmou o deputado.
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A rota Manta-Manaus
Consta no projeto Manta-Manaus o itinerário percorrido do Amazonas à Ásia.
O carregamento sai do continente asiático de navio até o porto de Manta, no Equador. Daí, por rodovia, chega ao porto da cidade de Providência, na província de Sucumbíos.
A saída do Equador é por balsa até Letícia, na Colômbia, na fronteira com Tabatinga, a mais de 1,1 mil quilômetros de Manaus. Pelo rio Solimões, já no Amazonas, a viagem é concluída no porto da ZFM.
Dessa forma, Campos vê a rota como um meio de aumentar a competitividade dos produtos do polo industrial da ZFM.
Ademais, é dos países asiáticos que saem grande parte dos insumos para as fábricas de Manaus.
“Tabatinga está em uma área estratégica, que é suframada [sob o regime tributário da Suframa], e está autorizada a ter free shops. Agora, precisamos que o porto seja alfandegado, para permitir o trânsito das mercadorias que vêm do exterior e podem chegar a Manaus”, disse o deputado.
Foto: ALE/divulgação