Terras indígenas: garimpeiros devastam 4 ‘Arenas da Amazônia’ por dia
Nenhum tipo de atividade como desmatamento, queimada ou garimpo pode ser desenvolvida em terras protegidas pela legislação

Mariane Veiga
Publicado em: 11/03/2024 às 18:02 | Atualizado em: 11/03/2024 às 18:07
De acordo com dados do Greenpeace Brasil, divulgado nesta segunda-feira (11), o garimpo ilegal invadiu uma área equivalente a quatro campos de futebol por dia ao longo de todo o anos de 2023 nas terras indígenas Ianomâmi, Kayapó e Munduruku.
O levantamento foi feito por imagens de satélite do satélite Planet, observando áreas de mineração.
Conforme o estudo, foram abertos mais de mil hectares de áreas para garimpo nesses territórios.
No entanto, ss terras indígenas são protegidas por lei e, por isso, qualquer atividade exploratória nestas áreas considerada é ilegal.
O garimpo é uma das principais ameaças à vida indígena no país. O governo Lula da Silva (PT) anunciou no início de 2023 uma ofensiva contra os garimpeiros, principalmente na terra ianomâmi, mas as áreas seguem vulneráveis.
A Amazônia concentra quase todo o território de garimpo do país. Segundo os dados do MapBiomas, até 2022, última atualização do relatório, 92% de toda a atividade estava na floresta.
Neste cenário, as terras indígenas Kayapó, Munduruku e ianomâmi são os territórios com a maior concentração de garimpos.
Para Jorge Eduardo Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, “cada hora que passa com os garimpeiros dentro dos territórios indígenas significa mais pessoas ameaçadas, uma porção de rio destruído e mais biodiversidade perdida”.
Leia mais no G1.
Foto: divulgação/Greenpeace