Transportadoras privadas no Amazonas sĂ£o notificadas pela ‘taxa de pouca Ă¡gua’

Estrangeiras de cargas em contĂªineres foram denunciadas pelo Governo do Estado

Publicado em: 07/07/2024 Ă s 13:10 | Atualizado em: 07/07/2024 Ă s 13:12

As transportadoras estrangeiras de carga em contĂªineres MSC e Maersk foram notificadas pelo Governo do Amazonas, via Procon (defesa do consumidor) apĂ³s denĂºncia do secretĂ¡rio estadual Serafim CorrĂªa sobre o aumento da “taxa de pouca Ă¡gua”.

Conforme o denunciante, secretĂ¡rio de Desenvolvimento, CiĂªncia e Tecnologia (Sedecti), a MSC impĂ´s tarifa de US$ 5 mil por contĂªiner, enquanto a Maersk cobra US$ 5,9 mil.

Essa taxa de “pouca Ă¡gua”, cobrada no ano passado, com vazante recorde de rios do Amazonas, ocorre quando hĂ¡ impossibilidade ou muita dificuldade para o transporte.

Entretanto, neste momento, em que pese o nĂ­vel das Ă¡guas esteja caindo, a navegaĂ§Ă£o nĂ£o sofre restriĂ§Ă£o.

Dessa forma, a cobrança da tarifa de forma antecipada, e com um aumento que inviabiliza a economia das empresas, é contestada. Em 2023, por exemplo, essa taxa da vazante foi cobrada a partir de outubro.

Portanto, a notificaĂ§Ă£o Ă© por causa da cobrança muito apressada e tambĂ©m pelos valores aumentados. Afinal de contas, no ano passado o preço por contĂªiner transportado era de US$ 2 mil.

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EmergĂªncia

Neste dia 6, o governador do Amazonas, Wilson Lima, decretou situaĂ§Ă£o de emergĂªncia em 42 municĂ­pios, incluindo a capital.

É uma medida no plano preventivo de enfrentamento de estiagem e vazante dos rios, executado desde janeiro, na extensĂ£o da crise de 2023.

Contudo, entre os motivos nĂ£o estĂ¡, pelo menos por enquanto, a dificuldade de navegaĂ§Ă£o.

Pontos crĂ­ticos, nos rios Amazonas e Madeira, vĂ£o ganhar serviços de dragagem para prevenir obstĂ¡culos para as transportadoras de cargas.

Os rios Amazonas e Madeira levam a rodovias federais no ParĂ¡ e RondĂ´nia, respectivamente, e daĂ­ para o restante do paĂ­s.

Conforme o Procon, a notificaĂ§Ă£o Ă© o primeiro passo para identificar abuso e irregularidade na “taxa de pouca Ă¡gua”.

As empresas devem dar esclarecimentos em 10.

Foto: JoĂ£o Pedro/Secom