UnB confirma efetividade da Coronavac em Manaus contra variante P1
Os pesquisadores avaliaram os efeitos da vacina após 14 dias da aplicação em mais de 67 mil profissionais da área de saúde de Manaus

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 29/04/2021 às 19:51 | Atualizado em: 29/04/2021 às 19:51
A Universidade de Brasília (UnB) concluiu estudos que indicam que a primeira dose da vacina CoronaVac teve 50% de efetividade contra a variante P1 do novo coronavírus entre os profissionais de saúde de Manaus.
“O estudo aponta que a vacina tem efetividade para evitar hospitalização e óbitos, mesmo na presença de uma variante classificada como de preocupação internacional pela Organização Mundial da Saúde”, disse Wildo Navegantes, professor de epidemiologia da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e pesquisador do grupo Vebra Covid-19.
Os pesquisadores avaliaram os efeitos da vacina após 14 dias da aplicação em mais de 67 mil profissionais da área de saúde de Manaus.
Segundo o pesquisador, o estudo levou em conta informações da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas.
A pesquisa foi realizada por um grupo interinstitucional, que conta com colaboração de cientistas da UnB. O principal objetivo é avaliar a efetividade de prevenção de vacina contra essa nova variante brasileira.
“É de suma importância fazermos uma avaliação da efetividade da vacina considerando também este contexto. Por esse motivo, iniciamos o estudo no Amazonas, primeiro local onde foi identificada a variante P.1”, explicou o pesquisador.
Wildo Navegantes aponta que a expectativa do Vebra Covid-19 é ampliar o estudo sobre efetividade vacinal para outras cidades brasileiras, com o intuito de observar o impacto da imunização em massa.
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Segundo nota da Secretaria de Comunicação da UnB, o estudo vai avaliar no mesmo contexto a proteção dos profissionais de saúde em Manaus contra a segunda dose.
Além disso, a expectativa é também avaliar a efetividade das vacinas desenvolvidas pela Sinovac Biotech e pela Oxford/AstraZeneca em idosos de Manaus e de outras cidades brasileiras.
“O grupo tem interesse em estudar a efetividade das vacinas [contra covid-19] em uso no Brasil em outras cidades que tenham interesse. Já estamos trabalhando com dados de São Paulo e Campo Grande”, afirmou o pesquisador.
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