Trinta e um adolescentes e jovens indígenas de nove estados da Amazônia Legal formam a rede de comunicadores indígenas que participam do projeto na prevenção e mitigação da Covid-19.
A parceria é resultado da colaboração entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). Além disso, contam com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), e o apoio do Escritório de Assistência a Desastres da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (OFDA/USAID).
O projeto tem o objetivo para formação em educomunicação, saúde mental e proteção de crianças e adolescentes, além da prevenção e resposta às diferentes formas de violência para jovens comunicadores indígenas.
Atualmente, a rede é responsável pela criação e disseminação de informações sobre prevenção à Covid-19 em diversos formatos e línguas indígenas.
Os materiais informativos visam o protagonismo da rede de jovens comunicadores no projeto, conforme ressalta Angela Kaxuyana, coordenadora tesoureira da Coiab.
“A rede de jovens indígenas é extremamente importante porque ela transmite o olhar dos povos indígenas por meio dos jovens. Assim, assumimos o protagonismo que a história seja contada com nossa voz, nosso olhar e a nossa opinião a partir do conhecimento e valorização dos mais velhos”, salienta.
A coordenadora e mobilizadora da Rede de Jovens Comunicadores Indígenas, Alana Keline Costa, do povo Manchineri, no Acre, explica que o processo de construção da rede ocorreu, em 2020, devido a pandemia ocasionada por coronavírus e da necessidade de fortalecer a comunicação das organizações para a prevenção à Covid-19.
“Ao integrar ao projeto, a rede incentivou à produção de conteúdo dos jovens comunicadores, além de permitir a conectividade com o acesso à internet e ao celular na produção de conteúdos e na comunicação entre os povos indígenas”, explica.
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Foto: Divulgação