As federações única e nacional dos petroleiros (FUP e FNP), assim como o Sindipetro Amazônia, comemoraram decisão da Petrobrás com anúncio nesta segunda-feira (4). A estatal decidiu encerrar o processo de privatização do polo de Urucu, no Amazonas, Bahia Terra e Campo de Manati, ambas na Bahia, e da Petrobras Operaciones S.A, subsidiária na Argentina.
“O encerramento do processo de desinvestimentos desses polos e campos petrolíferos é um passo importante para a reconstrução da empresa, que vinha sofrendo com a privatização de diversos ativos importantes nos últimos governos”, disse Deyvid Bacelar, da FUP.
Para o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros , o fato relevante, divulgado ontem, ratifica o posicionamento do governo federal.
Assim como da nova gestão da estatal de que a empresa volta a cumprir seu papel de desenvolvimento econômico e social.
“A população precisa ter clareza de que as empresas estatais não devem ter o objetivo exclusivo de obter lucro apenas pelo lucro, pois, são empresas que têm como acionista majoritário o governo federal”.
E continuou:
Por esse motivo, também têm o compromisso com os desenvolvimentos econômico, social e sustentável de todo o país”, enfatiza Bacelar.
O dirigente sindical espera ainda que a BR Distribuidora, Liquigás, os gasodutos, as refinarias e outros ativos estratégicos voltem a ser da Petrobrás.
E que a empresa volte a participar da comercialização e distribuição em todo o Brasil. Do poço ao posto.
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Urucu é do Brasil
Em manifestação nas redes sociais, a direção do Sindipetro Amazônia , que reúne trabalhadores do Amazonas, Amapá, Pará e Maranhão, postou o seguinte:
“Urucu é do Brasil. Valeu a luta! A direção da Petrobrás anunciou “o encerramento dos processos de desinvestimento do polo Urucu.”
Diante da decisão, o Sindipetro Amazônia e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), como milhares de brasileiros e brasileiras, disseram se orgulhar da luta e denúncia dos prejuízos do processo de privatização.
“O fantasma da privatização deixa oficialmente de rondar nossa província petrolífera, cuja venda foi anunciada em junho de 2020, no governo Bolsonaro. Com isso, garante a permanência da unidade no patrimônio público nacional”.
‘Negociata’
De acordo com o sindicato, em janeiro de 2022, houve a divulgação da “frustrada negociata do ativo” com a Eneva, ligada ao banco BTG Pactual, fundado pelo ex-ministro Paulo Guedes.
Desde então, em especial no novo governo, os petroleiros do Amazonas, Amapá, Pará e Maranhão e a FNP fizeram cobrança ao atual presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.
Dessa forma, as entidades sindicais pediram a retirada definitiva de Urucu e de todos os demais ativos da lista de privatizações.
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Investimentos
Por fim, a categoria diz ainda que é necessária a ampliação de investimentos na produção e valorização da força de trabalho própria e contratada, que é quem produz toda a riqueza produzida em meio a nossa floresta.
Já o Sindipetro Amazonas diz ser favorável a investimentos da Petrobrás principalmente no estado desde que favoreça a população.
Foto: Vanessa Ramos/FNP