A transferência da Amazonas Energia para a Âmbar Energia, do grupo J&F, sofreu mais um adiamento. Dessa vez, a Justiça Federal do Amazonas prorrogou o prazo por mais dois meses, ampliando a indefinição sobre o futuro da distribuidora.
A juíza Jaiza Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível, atendeu ao pedido da concessionária e estendeu o prazo até o final de abril de 2025. Com essa decisão, as partes envolvidas ganham mais tempo para avançar nas negociações e buscar um desfecho definitivo. No entanto, a demora gera preocupação no setor elétrico, que teme impactos na estabilidade do fornecimento de energia.
Impasses
A venda da Amazonas Energia deveria ter sido concluída em dezembro de 2024. Contudo, dificuldades operacionais e regulatórias bloquearam o avanço das tratativas. Além disso, sucessivas prorrogações têm aumentado a incerteza sobre a efetivação da transação.
O setor elétrico acompanha com apreensão os desdobramentos do caso. Enquanto isso, a concessionária busca alternativas para evitar um colapso na negociação.
Justificativa da Amazonas Energia
A empresa alegou que as tratativas com a Âmbar Energia e os órgãos reguladores não avançaram o suficiente. Diante disso, a concessionária reforçou a necessidade de mais tempo para garantir uma transição segura e sem riscos para o fornecimento de energia.
A juíza aceitou o argumento, ressaltando que a continuidade do serviço deve ser prioridade. Para fortalecer sua posição, a concessionária acionou o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e solicitou uma audiência de conciliação com a ANEEL. Além disso, a empresa pediu a participação da Advocacia-Geral da União (AGU), buscando um acordo que evite complicações futuras.
Tensão e disputas jurídicas
O novo adiamento prolonga ainda mais a indefinição sobre o futuro da Amazonas Energia. Caso as partes não cheguem a um acordo até abril, a transação pode entrar em uma nova fase de disputas judiciais, tornando a conclusão ainda mais difícil.
O mercado segue atento às negociações, temendo que o prolongamento do impasse comprometa a estabilidade do setor elétrico. Por ora, o processo permanece indefinido, e cada novo adiamento reforça a percepção de que o desfecho da venda está longe de acontecer.
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Foto: reprodução