Vice da CPI revela que relatĂ³rio vai destacar crise de oxigĂªnio em Manaus

De acordo com Randolfe a ideia Ă© dividir o relatĂ³rio final em trĂªs partes apresentando em cada um deles os tipos de crimes apurados

Gabriel Ferreira, da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas

Publicado em: 02/08/2021 Ă s 11:42 | Atualizado em: 02/08/2021 Ă s 11:42

O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) revelou como deve ser organizador o relatĂ³rio final do colegiado. A declaraĂ§Ă£o do parlamentar foi dada em entrevista ao programa Flow Podcast no Youtube.

De acordo com Randolfe a ideia da comissĂ£o Ă© dividir o relatĂ³rio final em trĂªs partes apresentando em cada um deles os tipos de crimes apurados.

“A ideia Ă© que o relatĂ³rio final tenha trĂªs grandes capĂ­tulos que eu chamo de trĂªs tomos. O primeiro tomo Ă© o que foi crime polĂ­tico, crime polĂ­tico estĂ¡ na constituiĂ§Ă£o, artigo 84, Ă© o chamado crime de responsabilidade. […] Uma segunda parte Ă© dos crimes comuns, e esses crimes comuns vĂ£o pro MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF). NĂ³s jĂ¡ temos apontados os seguintes crimes: charlatanismo, prevaricaĂ§Ă£o, trĂ¡fico de influĂªncia, corrupĂ§Ă£o passiva e estamos com elementos de pelo menos encontrando corrupĂ§Ă£o ativa

De acordo com ele, a crise de oxigĂªnio em Manaus gerada pela segunda onda da pandemia serĂ¡ no terceiro capĂ­tulo, com destaque no documento.

Conforme Randolfe “na terceira parte do relatĂ³rio, nĂ³s temos todos os elementos desse morticĂ­nio que aconteceu em Manaus”. “LĂ¡ a populaĂ§Ă£o manauara foi feita de cobaia”.

Dessa forma o senador apontou que caso seja comprovado a “cobaia” na capital amazonense Ă© apontado crime de lesa humanidade. O julgamento Ă© feito pelo Tribunal Penal Internacional, conhecido como Tribunal de Haia.

ProvidĂªncias

O parlamentar explicou que a lei das CPI recomenda que “aquela autoridade que recebe o relatĂ³rio da CPI tem 30 dias pra dizer qual providĂªncia tomou. Se nĂ£o disser que providĂªncia, ela responde civil, administrativa e criminalmente”. A referĂªncia Ă© feita, sobretudo ao presidente da CĂ¢mara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL). Ele serĂ¡ responsĂ¡vel para analisar os crimes polĂ­ticos apontados no documento.

Por outro lado, Randolfe disse que mesmo se nĂ£o houver avanço dos crimes de responsabilidade, os agentes responsabilizados por crimes comuns, “serĂ£o perseguidos pelo menos pelos prĂ³ximos 15 a 20 anos”.

Conforme ele, “charlatanismo, crime contra ordem sanitĂ¡ria, homicĂ­dio culposo, corrupĂ§Ă£o ativa nĂ£o prescreverĂ¡ pelo menos pelos prĂ³ximos 5 anos”.

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Foto: Leopoldo Silva/AgĂªncia Senado