Wilson recorre à ONU para combate ao coronavírus na Amazônia

Wilson é presidente da GCF Task Force, que reúne 38 governadores de 10 países.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 30/04/2020 às 00:04 | Atualizado em: 30/04/2020 às 00:04

O governador do Amazonas, Wilson Lima, enviou, nesta quarta-feira (29/04), carta à Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo apoio para o combate ao coronavírus da Amazônia.

Wilson é presidente da GCF Task Force, que reúne 38 governadores de 10 países. Trata-se de uma força-tarefa de governadores para o Clima e Florestas.

 No documento, o governador pede uma ação conjunta internacional para a proteção das populações mais vulneráveis.

E cita a pandemia em áreas de floresta, como o Amazonas, que abriga povos indígenas, comunidades ribeirinhas. 

 “Na carta que eu estou encaminhado à ONU, na condição de presidente do GCF, peço que os esforços que estavam voltados para a proteção da floresta se voltem nesse momento para a área de saúde, para a aquisição de equipamentos, montagem de infraestrutura e contratação de pessoal para atender àquelas pessoas que foram responsáveis, ao longo dos anos, pela proteção de 97% da cobertura vegetal no estado do Amazonas”, afirmou Wilson Lima. 

Ele também chamou a atenção para o impacto da pandemia de covid-19 nas projeções de aumento do desmatamento.

O impacto da doença afeta também o meio ambiente, decorrente da retração econômica e das medidas de isolamento social. 

 

Realidade local

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, a mobilização internacional é uma estratégia necessária ao enfrentamento da pandemia em regiões de floresta. Com a Amazônia, exige-se infraestrutura diferenciada.

“O governador chama agora toda essa rede internacional para o combate ao novo coronavírus e isso é muito importante porque em uma região tão complexa como a nossa, que tem problemas com cidades, áreas periféricas, áreas remotas, populações indígenas, populações tradicionais e assentamentos rurais, é preciso uma atuação muito diferente do que grande parte do país ou dos países têm tido”, destacou Eduardo Taveira. 

 

Foto: Maurilio Rodrigues/Secom