A Zona Franca de Manaus (ZFM) contribuiu com os 8,2% do PIB da Região Norte em 2017, maior do que a média nacional e equivalente ao crescimento chinês.
O número de empregos foi modesto, mas o governo considera parte do início do fim da recessão.
As informações e levantamento são do portal Governo do Brasil .
Na prática, se o País precisa de mais bens de consumo, a ZFM vai produzir mais.
“Esperamos que nosso parque fabril seja contagiado com a recuperação econômica nacional e apresente resultados mais significativos e consolidados de crescimento”, avaliou o superintendente da ZFM (Suframa) , Appio Tolentino (foto ).
Fabricação de televisores e eletrônicos, extração mineral, vendas no comércio e no setor de serviços, todos os principais ramos e segmentos da economia nortista geraram riqueza para o País em 2017.
Com todo esse dinamismo, a região cresceu a um ritmo oito vezes maior que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
As informações fazem parte do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) , um indicador que tenta prever o comportamento do PIB nacional antes do resultado oficial ser divulgado.
Os dados indicam, ainda, que enquanto o País cresceu 1% no ano passado, o PIB da Região Norte avançou 8,23% – um crescimento a ritmo chinês.
Isso é importante porque mostra que o Brasil conseguiu reduzir, mesmo que um pouco, a desigualdade regional.
Manaus
O estado do Amazonas, que responde por 3% da indústria do País, apresentou números expressivos.
A fabricação de máquinas e equipamentos, por exemplo, cresceu 31,6% no ano passado; a produção de produtos eletrônicos e materiais de informática avançou 23,9%.
Esse desempenho, entre outros fatores, pode ter sido influenciado pela proximidade da Copa do Mundo e pelo aumento da demanda por televisores e outras telas.
Apenas o Polo Industrial de Manaus registrou faturamento de R$ 81 bilhões no ano passado, valor 9,41% maior que o registrado em 2016.
Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a melhora observada significa uma recuperação das empresas da área, que desde 2014 vinham registrando redução no faturamento.
As exportações do polo também cresceram em 2017, alta de 6,54%.
O Polo Industrial da ZFM registra crescimento na fabricação de máquinas e produção de bens de informática em 2017 Foto: Reprodução/Blog Cariri
Para a população, esses números também significaram mais empregos.
As empresas do polo industrial criaram 771 vagas no ano passado.
Mais do que um bom desempenho local, esses números ilustram o fim da recessão no Brasil e o início de um ciclo mais próspero, movido por decisões do governo que levaram o País a um cenário de inflação baixa, juros em queda e retomada do consumo e dos investimentos.
Rondônia
O crescimento do Norte não está restrito apenas ao Amazonas.
Em Rondônia, a construção civil e o comércio têm movimentado a economia e gerado empregos.
Daniela Fernanda de Andrade, 21 anos, está contratada há um mês como recepcionista de um salão de beleza em Porto Velho.
Ela passou sete meses à procura de trabalho e acredita que o País está muito melhor em 2018.
Daniela relata que na sua cidade “as coisas estão mais dinâmicas”, com muitas obras em andamento e empresas sendo abertas no comércio.
“As coisas estão melhorando bastante quando se fala em emprego porque tem bastante obra na cidade e isso está ajudando”, afirma. “Para mim, 2018 já está sendo um bom ano, comecei a trabalhar e estou para me formar em técnico de enfermagem”, comemora.
Foto: BNC Amazonas