O Partido da Imprensa Golpista (PIG) ressurge mais uma vez. Este termo foi criado pelo saudoso jornalista Paulo Henrique Amorim para se referir aos grandes conglomerados midiáticos dominantes no Brasil. O principal objetivo do PIG é desestabilizar os governos progressistas do país. Nisto eles são bastante eficazes.
Durante o período do golpe de Estado, disfarçado de processo de impeachment em 2016, o PIG desempenhou um papel crucial ao transformar as mentiras da Operação Lava Jato em verdades.
Seguindo os princípios da comunicação em massa de Joseph Goebbels, que pregava a repetição das mentiras até que elas se tornassem verdades, a imprensa golpista conferiu à farsa da Lava Jato a legitimidade necessária para convencer a população de que essa ação estava realmente “limpando o país”.
No entanto, tudo isso era uma mentira. E ainda é!
Plano fracassado
Apesar dos esforços da Operação Lava Jato e do PIG, o Partido dos Trabalhadores (PT) não foi destruído como planejado. Esse plano se revelou um fracasso. Na verdade, suas ações e métodos desestabilizaram o país de forma quase irreversível. A economia foi destruída, a política foi desacreditada ainda mais e o ódio de classe continuou a ser alimentado.
O plano do PIG fracassou, mais uma vez, quando Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao Palácio do Planalto em 2023, eleito democraticamente pelo povo. Mesmo após todas as leviandades da imprensa contra ele, Lula continua a agir com respeito, atenção e espírito democrático em relação à imprensa, assim como fez em seus governos anteriores.
Além disso, nos governos do PT os veículos de imprensa nunca foram prejudicados financeiramente, perseguidos ou censurados. No entanto, parece que isto não é suficiente. Surge, então, a pergunta: por que a imprensa hegemônica brasileira sempre busca a perseguição, o boicote e a sabotagem quando o governo federal está nas mãos do PT?
Existem várias respostas para esta pergunta e diversos ângulos pelos quais podemos analisá-la e respondê-la. No entanto, acredito que o principal motivo seja o elitismo. A imprensa hegemônica nacional, assim como em outros lugares do mundo, representa uma classe: a burguesia.
No Brasil, esta imprensa é a voz da burguesia urbana e da agrária. Trata-se de uma classe conservadora, de origem escravocrata e com pensamentos retrógrados. Uma elite privilegiada que não deseja mudanças, pois a manutenção do status quo lhe é favorável.
O Problema é Lula
O cerne da cobertura jornalística enviesada, estreita e antinacional reside em Lula. Este retirante nordestino que superou a fome na infância e que insiste em tentar diminuir as desigualdades sociais no Brasil. Ele insiste em incluir os pobres no orçamento da União e em combater a fome e a miséria.
Acontece que estas ideias não são toleradas pela burguesia nacional. Por isso, apoiaram abertamente o golpe de Michel Temer e o governo de Jair Bolsonaro, que flexibilizaram leis trabalhistas e favoreceram os bilionários do país, mantendo, dessa forma, o status quo.
É exatamente por esta razão que governos democráticos, populares e progressistas são sempre alvos de ataques da imprensa hegemônica e de seus aliados. E esta situação está acontecendo novamente bem diante de nossos olhos. O PIG está de volta, propagando fake news e tentando minar qualquer projeto de mudança significativa.
Conclusão
No Brasil, a imprensa não é apenas imprensa, mas sim um partido político. A cobertura jornalística distorcida das ações do governo federal para ajudar o Rio Grande do Sul em sua crise climática é um exemplo claro disto. O PIG vem atuando com o objetivo de desinformar, credibilizar as fake news contra o governo federal e, assim, tem contribuído cada vez mais para o caos no país.
A burguesia nacional com sua “voz”, que é a imprensa, continua fomentando o golpe e o caos. Sem interesse algum em mudanças que promovam justiça e igualdade social, esta corja prefere a caridade superficial à verdadeira promoção da igualdade e da justiça. Esta mentalidade é evidente em seus diálogos e ações.
Portanto, toda vez que um projeto político democrático, popular e progressista ameaçar o status quo da burguesia, os poderosos irão convocar seus vassalos da imprensa e darão a eles a missão de entrar no jogo para impedir.
*Sociólogo
Arte: Gilmal