Alckmin estima 36% das vendas afetadas por Trump, mas ainda negocia

Governo aposta em negociação e plano para conter impacto das tarifas dos EUA

Publicado em: 31/07/2025 às 15:55 | Atualizado em: 31/07/2025 às 15:55

Nesta quinta-feira (31 de julho) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que cerca de 35,9% das exportações brasileiras destinadas aos Estados Unidos sofrerão efeitos devido à tarifa de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump.

Ele destacou que a proporção de produtos realmente impactados se deve ao fato de que 45% dos itens foram excluídos da lista de aumento pelos Estados Unidos, enquanto outros, como aço/alumínio e automóveis/autopeças, já possuíam tarifas elevadas que permaneceram em 50% e 25%, respectivamente.

O decreto assinado por Trump apresentou uma relação de quase 700 exceções que favorecem setores estratégicos como o da aviação, o energético e uma parte do agronegócio, resultando em aproximadamente 43% das exportações brasileiras para os Estados Unidos não sendo impactadas.

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Alckmin destacou, no entanto, que mesmo após a oficialização do decreto nesta quarta-feira (30 de julho), ainda existe margem para diálogo com os Estados Unidos, afirmando que “a negociação não se encerrou hoje, ela teve início hoje”.

De acordo com o vice-presidente, o governo não considera o assunto encerrado e que a “negociação mais forte começa agora”.

Alckmin ainda mencionou o plano de proteção aos empregos, que está sendo finalizado e aguarda a decisão do presidente Lula, com um “conjunto de normas para preservar empregos e a produção”.

“Ninguém vai ficar desamparado. Os 35,9% efetivamente atingidos pela tarifa, vamos lutar para diminuir”, afirmou o vice-presidente.

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil