Alta abstenção na Ufam e o fiel da balança no segundo turno do reitor

O futuro reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que sairá da eleição-consulta à comunidade da instituição em um segundo turno no próximo dia 31, já sabe que uma das suas missões é organizar esse processo eleitoral. Para que a academia não repita as mesmas falhas e vícios do sistema político convencional.

É uma medida necessária para afastar a possibilidade de dissabor, desconforto e, principalmente, suspeita de qualquer ordem.

As falhas apontadas no processo tiraram a paciência de muitos e por pouco não levaram à suspensão da disputa, como sugeriu a candidata Arminda Mourão quando observou problemas como troca de urnas entre locais de votação. Ou de pessoas aptas a votar e cujos nomes não constavam na lista. Ou ao inverso.

A longa duração da consulta também foi criticada pela comunidade. Afinal, era para tudo acabar na quarta-feira, dia 22. Mas, nesse dia ficaram cerca de 7 mil eleitores sem poder votar. Ficou para o dia seguinte, e entrou pela madrugada de sexta. A totalização dos votos acabou se arrastando até a manhã deste dia 24.

Todo esse atropelo pode ter desestimulado o eleitor. O índice de abstenção repetiu o que se tem visto nas eleições políticas. De 40 mil membros da comunidade da Ufam, só 11 mil compareceram para manifestar sua preferência. Ou seja, menos de 30%.

Das urnas mistas (já que a comissão de consulta usou os tipos eletrônico e do voto no papel), outro motivo de confusão do processo, saíram um recado de que a terceira colocada no “pleito”, Arminda Mourão, vai ser o fiel da balança no segundo turno.

Ela ficou a menos de 7 pontos percentuais do segundo colocado e arrebanhou boa quantidade de simpatizantes quando denunciou as falhas do processo de consulta.

Muitos avaliam que o apoio de Arminda pode fazer a diferença na definição nome que vai ser indicado ao Conselho Universitário (Consuni) e que depois segue para nomeação pelo Ministério da Educação (MEC).

Foto: Reprodução/Site Ufam