Alta cúpula do União Brasil é apontada pela PF na operação do ‘rei do lixo’

Líderes são investigados na Operação Overclean por vínculos com esquema de corrupção

Semed de Arthur Neto é alvo da PF nesta manhã

Mariane Veiga

Publicado em: 15/01/2025 às 21:48 | Atualizado em: 15/01/2025 às 21:48

A Polícia Federal (PF) investiga a relação de cinco membros da cúpula do União Brasil com empresas e pessoas envolvidas em um esquema de corrupção, no âmbito da Operação Overclean, que envolve o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “rei do lixo”.

Moura está no centro da investigação sobre desvio de emendas parlamentares e fraudes em licitações.

A investigação, que tramita na 1ª instância da Justiça Federal, começou com o objetivo de apurar desvios em um contrato do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), mas se expandiu após a quebra de sigilos e interceptações telefônicas que revelaram a atuação de um grupo de empresas em contratos públicos milionários com o governo federal e administrações estaduais e municipais.

O escândalo ganhou mais repercussão após a PF apreender R$ 1,5 milhão em espécie, anotações e planilhas em um avião que viajava de Salvador para Brasília.

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O presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, é um dos nomes ligados ao caso. Ele tem um vínculo próximo com o empresário baiano.

Embora Moura tenha negado as acusações, afirmando que o termo “rei do lixo” é equivocadamente atribuído a ele, investigações indicam que ele teria contratos com o DNOCS e atuação em obras públicas.

Além de Rueda, outros membros da direção nacional do partido também aparecem relacionados ao esquema.

Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado e atual favorito para retomar a presidência da Casa, é citado na investigação devido à sua chefe de gabinete, Ana Paula Magalhães, que teria sido envolvida em negociações sobre verbas públicas.

Mensagens interceptadas pela PF indicam que Alcolumbre também pode ter influenciado processos licitatórios no Amapá, estado onde ele tem grande influência política e onde o DNOCS mantém contratos com empresas investigadas.

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Foto: divulgação/Polícia Federal