Em uma das agendas públicas junto ao governo federal, ocorridas nesta semana, o governador do Amazonas, Wilson Lima, foi ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Ele foi reclamar que pediu lanchas blindadas e recebeu motos aquáticas.
Essa foi uma das pautas da segurança pública em que Lima pediu a correção de algumas ações relacionadas ao plano Amazônia de segurança e soberania.
Além da compra de equipamentos para fazer a vigilância e combate ao narcotráfico e ao crime organizado no Amazonas, o governador fez esse alerta por conta de um equívoco cometido pelo programa.
“A gente sugeriu a compra de lanchas blindadas para o combate ao tráfico de drogas do rio Solimões, pois, foram compradas motos náuticas para fazer esse patrulhamento. Para nós, não faz sentido esse tipo de equipamento, pois, uma moto náutica dá para fazer apenas o patrulhamento na Ponta Negra e na região metropolitana de Manaus”.
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Drone insuficiente
O governador também relatou a Lewandowski a aquisição de drones, por meio do plano Amazônia de segurança.
Segundo ele, as forças de segurança do estado não conseguem operar o equipamento de forma adequada por conta da densidade da floresta e intempéries climáticas, entre outros problemas.
“O drone não é tão eficiente em área de fronteira. Precisamos daquele veículo maior, não tripulado, que tem disponível no estado do Amazonas. Já esse equipamento tem capacidade de autonomia, de viajar até 100 quilômetros. Além de ser difícil sua localização a olho nu”, disse Lima ao ministro.
Ainda na avaliação do governador, essas correções, no plano, vão ajudar a identificar com maior precisão a atividade do tráfico de drogas no Amazonas.
“São algumas observações que levamos ao ministro da Justiça, mostrando um pouco a realidade, pois, somente o estado do Amazonas tem 3.800 quilômetros de fronteira.
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Plano federal
O plano Amazônia de segurança foi criado em julho de 2023, por decreto do presidente da República, Lula da Silva. O valor de investimento é de R$ 2 bilhões, por meio dos fundos Amazônia e Nacional de Segurança Pública.
O termo de financiamento da primeira parcela, no valor de R$ 318 milhões, foi assinado em novembro de 2023. Na ocasião, também foram entregues, com recursos do ministério, 100 viaturas para a execução do programa, totalizando R$ 31 milhões.
Estão previstas, ainda, a implementação de 28 bases terrestres e seis bases fluviais na região, totalizando 34 novas bases integradas de segurança, envolvendo Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e forças estaduais.
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Operação Hórus
Junto ao ministério, Lima também reivindicou a continuidade da operação Hórus, no Amazonas, especialmente a manutenção das diárias aos policiais civis e militares envolvidos nas atividades.
“No ano passado, houve o pagamento de mais de 300 dias aos policiais que iam àquelas áreas de fronteira. Mas, em 2024, esse subsídio reduziu para 136 de diária/ mês. Portanto, essa redução dificulta muito a nossa vida porque a gente não tem braços para poder fazer esse trabalho sozinho”.
Fundo de segurança
Por fim, o governador disse que reiterou que as ações de segurança pública no Amazonas precisam da ajuda do Ministério da Justiça. Daí, o pedido de audiência com Lewandowski, segundo ele, principalmente para agilizar a liberação do fundo nacional de segurança estimado entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões.
A Hórus é uma operação permanente dos Guardiões da Fronteira, do Ministério de Justiça e Segurança Pública. Conta com o apoio das forças de segurança de 12 estados, incluindo todos os fronteiriços.
Além das polícias civis e militares de cada unidade federativa, participam da ação conjunta as polícias Federal, Rodoviária, Penal e o Exército.
Foto: Divulgação