Amazonino reedita velho estilo ante pergunta que não lhe agrada

Publicado em: 07/02/2018 às 05:00 | Atualizado em: 07/02/2018 às 06:59
No anúncio de investimentos na saúde que fez nesta terça-feira, dia 6, o governador Amazonino Mendes (PDT) protagonizou um novo episódio com a imprensa local.
Ao ser questionado sobre a persistência das filas nas portas dos hospitais nas madrugadas, ele acusou incômodo e desconforto com a pergunta que não deixou nem ser concluída.
À pergunta da repórter da TV Amazonas/Globo sobre o que o governo ia fazer a respeito, Amazonino desqualificou o questionamento e quem o fez:
_ “Sua pergunta é absolutamente inócua, não tem sentido”. “Despropositada”, diz mais à frente.
E se refere à profissional em serviço:
_ “Meu amor, você não tem nada com isso. Você é repórter. Não é você que está fazendo a pergunta”.
Amazonino supostamente quis dizer que a repórter fizera a pergunta sob encomenda da empresa a que pertence, no caso, a Rede Amazônica.
_ “O recado tá dado, da empresa”, disse.
Olhando e sorrindo para sua interlocutora, e tentando amenizar o clima já desconfortável, Amazonino faz elogio à beleza física da repórter:
_ “Quero dizer que você é maravilhosa, e ainda é muito bonita, por cima”. Não adiantou muito porque a jornalista aparentou não ter gostado do gesto.
E arremata fazendo a clássica pergunta à repórter:
_ “Qual é o seu jornal?”.
Ela responde:
_ “Rede Amazônica”.
O governador apenas faz uma careta, pensando em sorrir, e abre os braços.
Todos esperaram que ele repetisse a célebre frase de 2011, quando era prefeito de Manaus e disse a uma moradora de área de risco que respondera à sua pergunta afirmando que tinha vindo do Pará:
_ “Então pronto, está explicado.”
Do baú
Em março de 2000, então no terceiro mandato de governador do Amazonas, Amazonino teve um entrevero com repórter do jornal A Crítica que acabou em troca de xingamentos e palavras de baixo calão.
Na oportunidade, a questão também era da área de saúde. Amazonino não gostou de ser perguntado pelo repórter sobre de onde viriam recursos para importação de medicamentos.
Veja o vídeo do trecho da entrevista de hoje:
Foto: BNC