“Arma foi feita para matar”, declarou delegado ao entrar no bar

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 27/11/2017 às 09:27 | Atualizado em: 27/11/2017 às 09:27

O programa “Manhã de Notícias”, da rede Tiradentes, exibiu nesta manhã o documento que foi assinado pelo delegado Gustavo Sotero ao entrar na casa noturna Porão do Alemão na madrugada deste sábado, dia 25, à 00h40.

Cerca de duas horas e 20 minutos depois ele matava com quatro tiros o advogado Wilson Justo Filho, à queima-roupa, atentava contra a vida de outras três pessoas.

Chama atenção no controle de entrada de pessoas armadas no bar as observações do termo de responsabilidade que o delegado assinou.

Em letras garrafais, o texto alertava a Sotero que ele assumiu o risco de cometer o crime que efetivamente cometeu: … ARMA FOI FEITO (sic) PARA MATAR.

O delegado portava uma pistola PT.40, da Polícia Civil, com 15 munições. A investigação ainda não disse quantas foram disparadas por Sotero para matar o advogado com quatro tiros e atingir ainda outras três pessoas.

Amparado em portaria, o delegado não quis deixar a arma sob custódia da casa noturna.

Confira o termo de declaração que Sotero assinou:

“Como agente público declaro ao segurança deste estabelecimento que estou entrando armado, assumindo todas as responsabilidades civil e criminal sobre todo e qualquer fato que eu venha a me envolver dentro deste estabelecimento todos os prejuízos materiais, morais e criminais são de inteira responsabilidade minha. Ressaltou que sou conhecedor da legislação em vigor que é o ESTATUTO DO DESARMAMENTO. A Empresa ESP. Segurança orienta que ARMA é pior que carro não combina com bebida, droga e medicamentos controlados. (CARRO FOI FEITO PARA NOSSA LOCOMOÇÃO E ARMA FOI FEITO PARA MATAR). Grifos são nossos

 

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Foto: Reprodução/TV