“A Amazônia nunca será passado, ela é o futuro”, afirmou o prefeito de Manaus, Arthur Neto, ao propor ao representante da ONU, no Brasil, que o dia 5 de setembro seja reconhecido como o Dia Internacional da Amazônia.
A sugestão aconteceu na abertura do 1° Fórum de Cidades Amazônicas, realizada na quinta-feira, 5, na qual o prefeito fez a palestra magna com o tema: “Desenvolvimento nas cidades amazônicas”.
Defensor da Amazônia em seus 40 anos de vida pública, o prefeito abriu os debates sobre a região alertando todo o país e o mundo para a importância da preservação e do investimento sustentável na região.
O fórum foi realizado no Dia da Amazônia e teve como cenário o histórico complexo Armazém XV do porto de Manaus, no pavilhão Princesa Isabel.
E em meio à beleza arquitetônica do centro histórico de Manaus, o prefeito ressaltou que o evento deve ser apenas o começo de outros debates com o objetivo de discutir o futuro da Amazônia.
“Não vamos deixar que esse seja um evento solto, vamos trazer ainda outras instituições e outros representantes para debater a Amazônia. Estamos abertos para conversar e aprender também sobre a Amazônia”, disse.
Leia mais
“Decepcionante, isso é esmola”, diz Arthur Neto sobre ajuda do G7
No momento em que a preservação de uma das mais importantes florestas do planeta é debate internacional, o prefeito de Manaus foi sucinto sobre qualquer tipo de exploração ilegal que possa ocorrer sobre a Amazônia e disse ser totalmente contra a prática de garimpo.
“Ele é predatório e faz mal à natureza. Jamais vou permitir esse tipo de prática, ainda mais em terra indígena. Falo isso em respeito aos nossos antepassados”.
Ainda durante sua palestra, o prefeito destacou que a Amazônia precisa ser vista como região estratégica para o país, que precisa ser explorada com coerência e de maneira sustentável e que o potencial da região precisa ter uma atenção maior, para que sejam desenvolvidas parcerias e investimentos que respeitem a floresta.
Reeleito com mandato até o final de 2020, Arthur disse que, após comandar a cidade que é considerada a capital da Amazônia por oito anos consecutivos, pretende continuar defendendo a Amazônia e seu desenvolvimento.
“Meu plano é percorrer a parte do mundo que puder, falando de Amazônia, mostrando que essa região está pronta para o desenvolvimento econômico. Nunca a vi e não quero que ninguém veja a Amazônia como um museu. Defendo a exploração sustentável para o seu crescimento, mas jamais poderei vê-la como algo a ser destruído e tirado das nossas mãos”, afirmou.
Fonte: Semcom
Foto: Alex Pazuello/Semcom