Arthur sugere que parlamentares só tratem de temas com eco nacional

Publicado em: 12/03/2019 às 00:33 | Atualizado em: 12/03/2019 às 00:36
O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) fez uma recomendação aos parlamentares do Amazonas.
“Saiam do anonimato e se credenciem como nomes nacionais, porque o que a imprensa lá fora respeita, o que o governo respeita, é nome nacional, que tem peso, que o que fala ecoa nas revistas, nos jornais, nas televisões”, declarou nesta segunda-feira, dia 11, após realizar a abertura do Março Lilás, mês dedicado à saúde preventiva feminina e combate à violência contra a mulher.
A fala de Arthur ocorre quatro dias após o deputado federal Marcelo Ramos (PR) publicar um vídeo na internet, criticando a Prefeitura de Manaus por anunciar a cobrança da chamada taxa do lixo.
O Executivo municipal se diz obrigado a cumprir decisão judicial sob pena de responder por omissão e renúncia fiscal. No vídeo, Ramos rebate dizendo que foi o governo de Arthur que entrou com os embargos de declaração pedindo o retorno da taxa e que vai “reagir à medida do prefeito, vamos avaliar se cabe medidas judiciais”.
Projeção
Hoje, em tom de resposta a Marcelo, após ser provocado pelo site Amazonas Atual, Arthur lembrou que quando foi parlamentar por 20 anos, sempre defendeu ‘teses que polarizavam, teses nacionais” e que nunca se preocupou com “tico-tico”.
“Fora disso é mais fazer jogada pra ficar forte aqui. Faz um discursinho, manda pra cá, publica e posa de herói. Mas nós estamos precisando de gente que realmente se projete. E eu torço para que todos os nossos oito deputados saiam da multidão [dos 513 na Câmara], se qualifiquem e se projetem [para serem] agentes capazes de defender a Zona Franca, que passará por uma grande prova durante a reforma Tributária”, disse.
Na CMM
A taxa do lixo também foi pauta dos vereadores hoje na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O vereador Gilvandro Mota (PTC) usou seu tempo na tribuna para defender o imposto. Ele destacou que as pessoas devem pagar pelo lixo que elas estão produzindo, para que o tributo possa ser destinado às questões mais essenciais, às demandas mais urgentes da coletividade, como saúde, educação e principalmente a infraestrutura da cidade.
Já o vereador Chico Preto (PMN), único opositor do prefeito na Casa, viu seu pedido de convocação dos secretários municipais de finanças, Lourival Praia, e limpeza pública, Paulo Ricardo Farias, ser rejeitado pelo plenário.
O parlamentar queria que os titulares das pastas explicassem o porquê da taxa e como esses valores serão cobrados.
Foto: BNC