Sob ataques de Ciro, Lula avisa que está de volta “Lulinha Paz e Amor”
O ex-presidente da República declarou que não responderá os ataques do ex-ministro e adversário político

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 28/05/2021 às 16:38 | Atualizado em: 28/05/2021 às 16:38
Em entrevista à Rede Tiradentes e ao BNC Amazonas nesta sexta-feira (29), o ex-presidente Lula da Silva afirmou que o Lulinha Paz e Amor está de volta. Portanto, não responderá os ataques do ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
Ciro disse ao Valor Econômico que o ex-presidente é o “maior corruptor da história moderna brasileira”. Dessa forma, prometeu ir para cima dele numa eventual disputa eleitoral pela Presidência da República.
Em Manaus, correligionários do ex-ministro veicularam propaganda em outdoor com os dizeres: “O bom de apoiar Ciro é que: Não temos que explicar nem sobre o Queiroz e muito menos sobre Palocci”. Ou seja, apontando tanto na direção de Bolsonaro quanto de Lula.
Questionado pelo diretor-presidente do BNC, Neuton Correa, sobre Fernando Haddad (ex-candidato a presidente pelo PT) ter posicionado Ciro no campo da direita ou se pretendia conversar e responder ao ex-ministro, Lula disse que não gostaria de ficar julgando as pessoas.
“O Ciro Gomes faça do jeito que ele quiser. Eu quero dizer pra vocês o seguinte: na disputa política, o Lula sempre será paz e amor”, avisou.
O ex-presidente diz que Ciro tem mais de 60 anos de idade e pode falar o que quiser. “Sempre quem fala o que quer ouve o que não quer. Então, eu deixo o Ciro fazer sua campanha. Ficar bravo ou não ficar bravo é um problema dele. Eu não tenho essa preocupação. Nunca tive”, respondeu.
Inimigos não, adversários sim
Lula argumentou que não tem inimigos, mas adversários políticos. “Por mais que as pessoas sejam grosseiras eu não vou se grosseiro. Eu já fui presidente e sei o tamanho da tarefa”, pontuou.
Nesse aspecto, o ex-presidente pediu para perguntar aos políticos e empresários locais se em algum momento, quando era presidente, havia agredido alguém.
Sem deixar dúvida de que será candidato, ele disse que o povo está cansando de ver pela televisão os políticos se xingarem.
“Esse povo quer tomar café, almoçar e jantar. Ele quer ter acesso à educação, a uma moradia digna. Ele não gosta de morar em cima da palafita”, afirmou.
Além disso, declarou que quer fazer uma campanha em todo o país falando de emprego, salário, saúde e cultura.
“As pessoas querem o mínimo necessário que está inscrito na Constituição. Para isso, eu quero fazer uma campanha: discutir com o povo, sendo candidato ou não, vou viajar esse país.”
Leia mais
‘Quando vê que tenho mais voto entre evangélicos que ele, fica doido’
Ciro Gomes: “Vou pra cima de Lula, maior corruptor da história”
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula