Autoridades patinam sobre principal razão do massacre em Manaus

Publicado em: 04/01/2017 às 19:23 | Atualizado em: 04/01/2017 às 19:23

A guerra entre as facções criminosas Família do Norte (FDN) e PCC (Primeiro Comando da Capital) não teria sido o principal motivo do massacre ocorrido no último domingo, dia 1º, nos presídios de Manaus. Isso ainda estaria em análise pelo sistema de segurança pública.

A afirmação é do secretário-executivo de Administração Penitenciária (Seap), major PM Jorge Rebelo, quando perguntado pelo BNC na entrevista coletiva de imprensa desta quarta, dia 4, se todos os presos transferidos após a carnificina do Compaj para o prédio desativado da cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa pertenciam ao PCC.

“O início da conturbação foi a facção. Só que nós não podemos dizer que foram mortes exclusivas da facção porque em todo o presídio tem pessoas que não estão em sua área de segurança. O fato que se começou foi um, mas se estendeu para os demais (presos). (Ainda) está sendo analisado o real motivo, verificado em investigação com a equipe técnica da Polícia Civil”, disse Rebelo.

Ainda segundo o major, foi transferida para a Vidal Pessoa toda “a população carcerária que estava sendo ameaçada e (que) não são necessariamente do PCC. Temos lá várias situações no sistema, pessoas que estão sendo ameaçadas por causa de dívidas, por questão de rixa…Essas pessoas em ameaça dentro do sistema foram identificadas (para a transferência)”, informou.

 

Conflito

A fala do major conflita com a razão apresentada pelo governador José Melo e pelo secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, na entrevista à imprensa na última segunda-feira, dia 2, quando, na presença do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmaram que a razão do massacre foi uma guerra de facções por espaço.

 

Foto: BNC