“Banco de talentos” para cargos inferiores não preocupa Alcolumbre

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 22/02/2019 às 15:21 | Atualizado em: 22/02/2019 às 15:21
O segundo e terceiro escalões do governo federal serão preenchidos a partir de um “banco de talentos” ou técnicos talentosos, de acordo com a pretensão do Palácio do Planalto. Isso significa que indicações políticas estão descartadas pelo presidente Jair Bolsonaro nessa faixa de colaboradores do governo.
De acordo com a IstoÉ, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ironizou, em conversa com jornalistas, na manhã desta sexta-feira, 22, o termo “banco de talentos” escolhido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para que parlamentares da base indiquem nomes e currículos para ocuparem vagas nos segundos e terceiros escalões do governo federal nos Estados.
“É (indicação política), só colocaram outro nome: banco de talentos. Será que no outro modelo as pessoas não tinham talentos? As pessoas também tinham talento antes”, disse Alcolumbre (foto), durante café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado Federal, em Brasília.
A ideia do governo federal é que os deputados e senadores da base aliada apresentem nomes técnicos para as vagas disponíveis.
Esses quadros serão avaliados pelos ministros, que farão uma espécie de processo seletivo para escolher o profissional.
Irritação
A interrupção nas nomeações tem irritado integrantes de partidos que podem integrar a base aliada do governo no Congresso.
Apesar de ironizar o nome escolhido, Alcolumbre disse ser favorável à criação do banco.
“Acho que tem que fazer esse banco de talentos. É um nome bacana, né? O parlamentar na base quer prestigiar aliados”, disse o presidente do Senado.
“Todos os partidos têm talentos para indicar e o banco de talentos que o governo está apresentando é a possibilidade de o parlamentar se ver prestigiado especialmente em sua base eleitoral, especialmente em relação às respostas que a sociedade quer”.
Foto: Fabio Pozzebom/ABr