Barroso diz que voto impresso traz insegurança e riscos
Para o presidente do TSE, não é só uma questão de custo, mas o risco do sistema, sem mencionar o risco da quebra do sigilo
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 29/07/2021 às 15:56 | Atualizado em: 29/07/2021 às 15:56
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, avaliou que o retorno do voto impresso cria um mecanismo de auditoria que vai trazer insegurança e riscos.
Para o ministro, o voto impresso não é mecanismo de auditoria do voto eletrônico, e é menos seguro porque precisa ser transportado. De acordo com a CNN Brasil.
“Estamos falando de 150 milhões de votos. Há regiões com milícias, roubo de cargos. Transportar votos, armazenar votos. Isso é um filme de terror: Porque, além disso tudo, tem que recontar os votos”, disse.
O magistrado acrescentou que não é só uma questão de custo, mas o risco do sistema, sem mencionar o risco da quebra do sigilo.
“Em um país que se compra e vende voto, é preciso conferir se o voto comprado foi entregue. Temos problemas de fraude, sigilo, custo, transporte. É um consenso que essa mudança é para pior. O sistema atual é consagrado.”
Dessa forma, Barroso ressaltou que viveu uma época em que os processos eleitorais, por meio do voto impresso, no país eram caracterizados por fraudes.
De acordo come ele, as fraudes se materializavam em urnas que desapareciam e em urnas grávidas.
Além disso, havia relatos de que votos em branco viravam votos em candidatos e toda eleição no Brasil tinha a suspeição na fraude.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil