Depressivo, Bolsonaro pode não ir até o fim, avaliam assessores
A despeito da impressão de assessores, Bolsonaro e sua equipe não analisaram a possibilidade de ele não concluir o mandato

Diamantino Junior
Publicado em: 16/11/2022 às 23:32 | Atualizado em: 17/11/2022 às 10:49
Assessores próximos de Jair Bolsonaro temem que o presidente derrotado não consiga concluir o mandato. A razão é o estado psicológico de Bolsonaro, que, na prática, está afastado da Presidência desde o dia da eleição.
Pessoas próximas ao presidente descrevem seu estado como “apático” ou “depressivo”. Bolsonaro teve pouquíssimos compromissos públicos nas últimas duas semanas. Não fez suas tradicionais transmissões ao vivo de quinta-feira, um hábito que manteve mesmo quando viajou para o exterior.
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A estratégia tem sido considerada um erro. No Planalto, acredita-se que, passado o 15 de novembro, os eleitores do presidente passarão a cobrar presença ou pronunciamento público.
A despeito da impressão de assessores, Bolsonaro e sua equipe não analisaram a possibilidade de ele não concluir o mandato.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou até falar com embaixadores estrangeiros, nesta quarta-feira (16), que irão atuar no Brasil.
Dessa forma, ele deu a missão ao vice-presidente Hamilton Mourão. Como informa o Notícias ao Minuto.
É que Bolsonaro está recluso no Palácio da Alvorada desde que perdeu a eleição.
A princípio, no início do governo, o mandatário fez cerimônias abertas para receber os diplomatas de outros países.
Por conseguinte, passou a fazer solenidades fechadas e, agora, nem sequer deve participar do ato que marca oficialmente o início da missão dos embaixadores no Brasil.
Então, está marcada para esta quarta-feira o recebimento das cartas dos embaixadores do México, Laura Beatriz Valdés; da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen; da Finlândia, Johanna Karanko; de Myanmar, Aung Kyaw Zan; do Nepal, Nirmal Kafle; e da Argentina, Daniel Scioli.
Portanto, Bolsonaro tem preferido evitar contatos locais e internacionais desde que perdeu o pleito, no fim de outubro.
Dessa maneira, mais de duas semanas após a derrota, o presidente foi apenas duas vezes ao Palácio do Planalto.
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