O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, revelou à Polícia Federal informações sobre reuniões em que o tema de um golpe militar foi discutido por Bolsonaro e militares.O relato, que inclui detalhes sobre uma “minuta de golpe”, gerou um acordo de delação premiada, validado pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.
As discussões envolviam ilegalidades e o afastamento de autoridades, mas não avançaram devido à falta de apoio, conforme detalhado por Cid em seus depoimentos.
Na madrugada desta quinta-feira (21/9), os jornalistas Bela Megale, do jornal O Globo, e Aguirre Talento, do UOL, trouxeram à tona informações cruciais.
De acordo com o relato de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, esteve presente em reuniões onde o tema de um golpe militar foi discutido abertamente.
Durante esses encontros, Bolsonaro detalhou uma “minuta de golpe” que incluía medidas ilegais, como o afastamento de autoridades.
As revelações de Cid surgiram nos depoimentos que fundamentaram a oferta de delação premiada. Como resultado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, validou o acordo de delação.
Segundo Cid, esses encontros ocorreram após o segundo turno das eleições e envolveram membros da Marinha e do Exército. Na reunião, eles discutiram especificamente um esboço de decreto golpista, e também havia participantes do chamado “gabinete do ódio”.
Embora não seja possível afirmar que a minuta discutida era a mesma encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o documento tratava de uma série de irregularidades, incluindo o afastamento de autoridades.
Enquanto um representante da Marinha demonstrou entusiasmo em relação à ideia, o Exército mostrou-se mais hesitante. No final, o plano não avançou devido à falta de apoio. As revelações de Cid trazem à tona questões cruciais sobre a estabilidade política no Brasil.
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