Bolsonaro vai extinguir uso obrigatório da placa Mercosul

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 15/03/2019 às 18:42 | Atualizado em: 15/03/2019 às 18:42
O presidente Jair Bolsonaro chegou à mesma conclusão de milhões de internautas quando se trata do uso obrigatório da placa Mercosul para automóveis: constrange e é uma despesa desnecessária. Por isso, ele buscará o fim da obrigatoriedade dela.
A ideia da placa foi apresentada em 2014, com a finalidade de criar um novo sistema de placas padronizadas e adotado pelos países do bloco comercial (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela).
E nesses cinco anos, a entrada em vigor da norma foi adiada várias vezes por vários motivos e questionamentos. Nesse período, alguns Detrans se dispuseram a adotar a placa.
Em todo o país, o prazo para adoção do acessório é 30 de junho de 2019, mas seus idealizadores não contavam com a oposição do presidente Bolsonaro.
O Amazonas é um desses estados a adotá-la ao preço de R$ 220, no entanto, uma ação judicial, questionando o uso da placa, tramita na Justiça Federal.
A declaração do presidente aconteceu na live dessa quinta-feira (14), transmitido pelo Facebook, comunicação que ele fará semanalmente.
“Vamos, com o nosso ministro [da Infraestrutura] Tarcísio Freitas, ver se a gente consegue anular essa placa do Mercosul. Porque não tem o município… não traz, no meu entender, benefício para o Brasil essa placa do Mercosul. É um constrangimento, uma despesa a mais”, disse.
E completou: “Acho que dá para encontrar, para acabar com essa placa do Mercosul também”.
Na internet, a reação do internauta Luis Yoshio sobre o uso obrigatório da placa foi este: “Anos atrás obrigaram a trocar por placas refletivas (claro, fica mais visível para multar). Agora inventaram outra placa, cuja troca será obrigatória para quem trocar de carro. Essa placa Mercosul deveria ser obrigatória apenas para quem for cruzar as fronteiras do país, caso contrário será um custo desnecessário para o proprietário do veículo. Nossos políticos sempre inventam um jeito de extorquir o cidadão”.
Foto: BNC Amazonas