‘Somos um governo que não aceita provocações’, diz Bolsonaro
O presidente disse que “pior que uma ameaça externa”, como as consequências da guerra, é uma “ameaça interna de comunização”

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 12/05/2022 às 00:13 | Atualizado em: 12/05/2022 às 00:13
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nessa quarta-feira (11), que o seu governo “não aceita provocações”. Ele não disse, no entanto, a que se referia, conforme a publicação do Metrópoles.
Durante visita à 48ª edição da Expoingá (foto), em Maringá, no Paraná, o presidente disse que “pior que uma ameaça externa”, como as consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia, é uma “ameaça interna de comunização” do Brasil.
“Nós não chegaremos à situação em que vive atualmente a Venezuela. Todos nós sabemos quem defende aquele regime e quem defende o seu ditador. Não queremos cores diferentes da verde e amarela em nossa terra”, afirmou. A Venezuela vive um regime socialista, sob o comando de Nicolás Maduro.
Sem citar diretamente o seu principal adversário político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro disse que “o outro lado” quer exatamente o contrário do que o seu governo defende.
“Nós defendemos a família, nós somos contra o aborto, nós somos favoráveis ao armamento para o cidadão de bem, nós somos contra a ideologia de gênero, nós somos pela liberdade da nossa economia e somos, acima de tudo, pela nossa liberdade de expressão”, disse.
“Nós sabemos o que está em jogo. Todos sabem o que o governo federal defende: defende a paz, a democracia e a liberdade. Um governo que não aceita provocações, um governo que sabe da sua responsabilidade para com o seu povo”, acrescentou.
Pesquisa
Durante o discurso, o presidente disse que a maneira como foi recebido por apoiadores, em Maringá, “como em qualquer lugar do país”, é a “verdadeira pesquisa popular”.
A declaração ocorre em um momento em que pesquisas eleitorais têm mostrado desvantagem de Bolsonaro em comparação a Lula.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República