Bolsonaro e Pazuello desafiam Justiça e mandam comprar mais hidroxicloroquina
Governo federal se esforça para comprar o medicamento, enquanto ao menos cinco capitais já estão sem doses de vacina na primeira fase de vacinação

Ednilson Maciel, da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 20/02/2021 às 10:35 | Atualizado em: 20/02/2021 às 10:35
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da saúde Eduardo Pazuello desafiam Justiça e mandam comprar mais hidroxicloroquina. Ou seja, o Ministério da Saúde abriu um chamamento público em 17 de fevereiro, convocando empresas com interesse em fornecer vários medicamentos.
Nesse sentido, o governo inclui a hidroxicloroquina. Segundo o Uol, o documento é assinado por Marcelo Batista Costa, coordenador geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde Substituto.
Dessa forma, o uso do medicamento para malária no tratamento e prevenção da covid-19 é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, apesar de não ter comprovação científica.
Além de não haver qualquer comprovação científica benéfica do efeito do medicamento no tratamento e prevenção da covid-19, a cloroquina e a hidroxicloroquina têm, sim, efeitos colaterais, que variam de acordo com o organismo de cada pessoa.
Falta vacina
Enquanto o governo federal se esforça para comprar o medicamento, o jornal Folha de S.Paulo revelou na última quarta-feira (17) que ao menos cinco capitais já estão sem doses o suficiente para completar a primeira fase de vacinação.
Como resultado da insistência de Bolsonaro, no fim de novembro de 2020, o Ministério da Saúde distribuiu toda a cloroquina disponível a estados e prefeituras.
Até novembro, a pasta adquiriu e distribuiu todos os 5,8 milhões de comprimidos de cloroquina obtidos. O Ministério justificou que isso foi feito por causa dos pedidos feitos por prefeituras e governos estaduais.
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Foto: Reprodução / Agência Br