Bolsonaro diz que pode mudar política de preços da Petrobrás
“É inadmissível anunciar o reajuste de 39% do gás [natural]. Que acordos foram esses? Que contratos são esses?", questiona o presidente Jair Bolsonaro

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 07/04/2021 às 18:50 | Atualizado em: 07/04/2021 às 18:50
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta quarta-feira (7), os reajustes de preços de combustíveis e disse ser “inadmissível” o aumento de 39% no gás natural anunciado pela Petrobrás na segunda-feira (5).
Na publicação do G1, ele afirmou que não vai interferir, mas disse que pode mudar a “política de preços” da estatal com o apoio da Câmara dos Deputados.
“É inadmissível anunciar o reajuste de 39% do gás [natural]. Que acordos foram esses? Que contratos são esses? Foram feitos pensando no Brasil pelo período de 3 meses. Não vou interferir. A imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preços lá’”, afirmou.
O aumento do gás natural é mais um anunciado pela Petrobrás nos últimos dias. Na sexta-feira, a petroleira anunciou uma reajuste de 5% do gás de cozinha.
Crítica
Bolsonaro tem criticado publicamente o aumento de preços praticado pela Petrobrás.
Em fevereiro, decidiu indicar o general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco no comando da estatal porque se mostrou insatisfeito o reajuste do diesel e da gasolina.
Além da troca na Petrobrás, a gestão Bolsonaro promoveu mudanças no comando de importantes estatais.
André Brandão renunciou ao cargo de presidente do Banco do Brasil, e Wilson Ferreira Junior deixou o comando da Eletrobrás.
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Foto: Alan Santos/PR