O secretário-executivo do Ministério da Economia , Marcelo Guaranys, criticou nesta sexta-feira (16) o aumento do fundo de campanha em 2022. “A gente suando para arranjar recurso para um monte de coisa e, de repente, de R$ 2 bilhões para R$ 6 bilhões no fundo eleitoral”, afirmou, em seminário on-line.
Segundo Guaranys, que é braço direito de Paulo Guedes na condução do ministério, é muito importante avaliar as escolhas políticas que os agentes públicos fazem no dia a dia.
Durante o evento, ele afirmou que é um desafio mostrar para o povo quando o dinheiro dele está sendo mal usado e poderia ser utilizado em outras coisas. Deu como exemplo a discussão em torno do reajuste do fundo eleitoral, aprovado pelo Congresso na quinta-feira (15).
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Nas eleições municipais de 2020 o valor desse fundo, utilizado para políticos fazerem campanha nas eleições, foi de cerca de R$ 2 bilhões.
Nas regras aprovadas, deve chegar a R$ 5,7 bilhões em 2022. Esse incremento inclui uso de recursos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O remanejamento será feito em um momento de frágil situação fiscal das contas públicas. O próprio Congresso estima que o governo tenha um rombo de R$ 170,47 bilhões em 2022.
“A gente suando para arranjar recurso para um monte de coisa e, de repente, de R$ 2 bilhões para R$ 6 bilhões no fundo eleitoral. A população tem que entender o que isso significa. É muito importante para o processo político como um todo”, disse Guaranys em seminário on-line .
O aumento do Fundão estava embutido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que foi aprovada na Câmara por 278 votos a 145, e no Senado por 40 votos a 33.
A ampliação resultou em uma onda de tuítes contra a matéria. A hashtag #FundaoDe6biNAO ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter na quinta-feira (15).
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Foto: Edu Andrade/ME