Braga critica “sensacionalismo” da mídia sobre depoimento à PF

Israel Conte
Publicado em: 05/11/2019 às 14:56 | Atualizado em: 06/11/2019 às 07:20
Por Iram Alfaia, de Brasília
Por meio de nota, o senador Eduardo Braga (MDB) disse que foi vítima de notícias falsas sobre um depoimento que iria prestar à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, dia 5. Houve relato de que a PF estaria fazendo no seu endereço e de Renan Calheiros (MDB), em Brasília, busca e apreensão autorizadas pelo ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato.
As informações, do site da Revista Veja, foram rechaçadas pelo senador.
“A cobertura midiática de hoje, talvez por sensacionalismo, talvez por desinformação, menciona fato que simplesmente não existiu, na medida em que nenhuma medida de busca e apreensão foi realizada na residência ou em qualquer outro endereço do senador Eduardo Braga”, diz um trecho da nota do senador.
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A nota esclarece que ele recebeu nesta terça-feira, em caráter de urgência, um ofício do delegado Barnardo Amaral para prestar esclarecimento no inquérito 4707 (STF).
“Já estabeleceu contato para ajustar a data. O senador sempre se colocou à disposição para colaborar com qualquer investigação”, diz a nota assinada pelos advogados José Alberto e Fabiano Silveira.
Uma certidão da Secretária-Geral da Mesa do Senado atestou à PF que na condição de líder do MDB no Senado, Braga teria que se fazer presente no colegiado, no mesmo horário do depoimento, para relatar matérias e votar proposições na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Inquérito
O depoimento de Braga é para que ele preste esclarecimento sobre doação de R$ 40 milhões do Grupo J&F a senadores do MDB nas eleições de 2014. O inquérito foi aberto depois da delação feita por Ricardo Saud.
Além de Braga e Renan, entre os investigados estão o senador Jader Barbalho (MDB-PA) e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho.
Foto: Reprodução/Globo News