Acusado de supostamente ter recebido propina das obras da ponte Rio Negro e Arena da Amazônia e mais R$ 6 milhões para apoiar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014, o senador Eduardo Braga (PMDB) disse neste domingo, dia 28, que apoia e não teme as investigações da operação Lava Jato.
“Se eu tivesse culpa no cartório, se eu tivesse medo, eu não estaria aqui tratando e trazendo um tema para você refletir”, disse o parlamentar em entrevista que deu, em Manaus, no fim da manhã de ontem, ao ex-prefeito de Eirunepé Dissica Tomaz (PMDB), na rádio FM do Povo.
Citando o caso da ponte Rio Negro, Braga disse que seu nome apareceu porque um criminoso fez invenções sem provas, “um negócio sem pé nem cabeça”, segundo ele.
“Quando um criminoso é preso pelos seus crimes, para ele poder se ver livre dos seus crimes, ele inventa, sem provas, sem nada, citações, para poder fazer uma citação para que ele possa ser solto. No caso da Camargo Corrêa com a ponte, o cara foi preso por causa da Odebrecht. Por causa de uma questão de metrô em São Paulo, diz que ouviu dizer que um terceiro falou para não sei quem e tal, um negócio vazio, sem pé e sem cabeça”.
Durante a entrevista, em tom de campanha, Braga disse que o povo tem que ter cuidado com o novo. “O novo não significa o melhor”. E lembrou a derrota que sofreu para José Melo (Pros) nas eleições ao governo.
“Em 2014, o povo tomou a decisão de mudar, de votar no bom velhinho, mas que, na realidade, era um lobo vestido em capa de cordeiro”.
Em outro trecho da entrevista, apresentando-se como opção de experiência, palavra que usou bastante na última eleição que disputou ao governo, Braga comentou que a eleição suplementar para sucessão de Melo será a mais importante da história recente do Amazonas, e falou a razão:
“Porque você vai decidir se vota em alguém que seja capaz, de não só ter experiência, mas unir esforços com a Prefeitura de Manaus, articular ações com o governo federal e buscar recursos no exterior”.
Veja a entrevista transmitida na página do senador no Facebook.
Foto: Reprodução/Facebook