O Brasil não vai usar sua presidência do Brics em 2025 para propor uma moeda comum do grupo, mas terá como prioridade a interligação de sistemas de pagamento entre países.
A informação é da IstoÉ Dinheiro, o objetivo é fomentar comércio e investimento e ampliar o uso de moedas locais como alternativa ao dólar, disseram à Reuters quatro fontes do governo.
Nesse sentido, o movimento pode criar tensão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Desse modo, o objetivo central é estimular novas tecnologias e promover o barateamento dessas operações.
Ou seja, apoiando-se sobre padrões compatíveis com os desenvolvidos por organismos multilaterais mais amplos, como o Banco de Compensações Internacionais (BIS), disseram três das fontes.
Sobretudo, o presidente Lula da Silva defendeu o “direito de discutir a criação de uma forma de comercialização (para) que a gente não dependa só do dólar”.
Em 2023, ele chegou a dizer que a criação de uma moeda para as transações comerciais e de investimentos entre os membros do Brics aumentaria opções e reduziria vulnerabilidades.
Todas as fontes apontaram que uma moeda comum nunca esteve sob consideração nas discussões técnicas do grupo, do qual fazem parte Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia.
Assim, menções à ideia ganharam tração após o Ocidente ter imposto pesadas sanções à Rússia em resposta à guerra na Ucrânia.
Em suma, representantes do grupo se encontrarão na África do Sul no final de fevereiro, às margens das reuniões do G20, quando o plano será apresentado aos pares pelo Brasil, disseram as fontes.
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Foto: Ricardo Stuckert/PR