Cerca de 20 candidatos desistiram de fazer as provas do concurso público da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) neste domingo, dia 8, e registraram boletim de ocorrência (BO) no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
O grupo, que pede a anulação do concurso, relatou que não havia salas disponíveis para acomodar todos os candidatos na Escola Estadual Karla Patrícia Barros de Azevedo, no bairro Tarumã. Eles também denunciaram que houve troca de provas e que os envelopes com as mesmas chegaram violados.
Em entrevista ao portal D24AM , Suzi Martins, inscrita para concorrer ao cargo de merendeira, informou que ela e outros candidatos só conseguiram entrar numa sala às 8h45, quase uma hora depois do início da prova. Ela também relata que as provas e o cartão-resposta vieram com nomes de candidatos de São Gabriel da Cachoeira e que uma fiscal do Instituto Acesso, responsável pelo certame, orientou que eles riscassem o nome e escrevesse o deles.
Outra candidata, Suzane Gomes, confirmou as denúncias, e disse que as provas extras chegaram na garupa de um mototáxi.
O que diz a Seduc
Em nota enviado ao BNC Amazonas , a Seduc esclareceu que, de fato, “faltaram provas para alguns candidatos”. Porém, “de imediato a coordenação do certame solucionou o problema trazendo provas extras, que existem para eventualidades como essas”.
A secretaria também negou que as provas extras tenham chegado de mototáxi.
“As provas extras foram conduzidas da base do instituto organizador do certame por motoqueiros da Polícia Militar e escoltadas por batedores da PM. As provas estavam em malotes lacrados. Quando as provas extras chegaram à escola, o grupo de candidatos se recusou a aceitar as provas e saiu da sala”.
Sobre a alegação de que as provas não tinham os nomes dos candidatos, a Seduc informou que “as provas não tinham os nomes deles, pois nestas não constam nomes de nenhum candidato pois são criadas para solucionar problemas dessa natureza. O conteúdo das provas extras são os mesmos das personalizadas. Sobre informação que provas de São Gabriel da Cachoeira terem sido levadas até a escola, essa notícia é falsa”.
Ainda de acordo com a secretaria, por conta do atraso na chegada dos malotes, “o certame na escola começou às 8h45 e teve o seu prazo de encerramento ampliado para às 11h50, não havendo prejuízo de tempo.”
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