CAS aprova 29 projetos para injetar US$ 112 milhões na ZFM
Reunião presidida pela Sepec, do Ministério da Economia, marcou estreia do novo superintendente da Zona Franca de Manaus

Aguinaldo Rodrigues, da Redação*
Publicado em: 03/07/2020 às 07:15 | Atualizado em: 03/07/2020 às 07:29
Os 29 projetos apresentados ao Conselho de Administração da Suframa (CAS) na reunião deste dia 2 foram aprovados. Eles representam investimentos de US$ 112 milhões no polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM), com a promessa de gerar 1.148 novos postos de trabalho nos próximos três anos.
A reunião, por videoconferência de Manaus com a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), em Brasília, marcou a estreia do novo superintendente da ZFM (Suframa), general Algacir Polsin, no CAS.
Representando o governo federal, o titular da Sepec, Carlos da Costa, presidiu a reunião, que teve a participação do governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), do deputado federal Alberto Neto (Republicanos-AM), representantes de ministérios e entidades de classe e secretários estaduais.
Como resultado, o CAS aprovou dez projetos de implantação e 19 de atualização, diversificação e ampliação de empresas já instaladas na ZFM.
Polsin destacou a necessidade de levantar dados além dos números do polo industrial.
“Por exemplo, em uma reunião do Codam [Conselho de Desenvolvimento do Amazonas], vimos o quanto está sendo feito pela Universidade do Estado do Amazonas, com inúmeros projetos, inclusive, interiorizando a pesquisa e o desenvolvimento”.
De acordo com o superintendente, grande parte dos fundos que viabilizaram esses projetos são de verbas de P&D (pesquisa e desenvolvimento) da ZFM.
“Da mesma maneira, existem diversos outros projetos de benefícios para a população oriundos do modelo [ZFM] e que não estão aparecendo”.
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Benefícios sociais nos projetos
Por causa disso, o general disse que vai fazer estudos para inserir contrapartidas de benefícios sociais nos projetos industriais submetidos ao CAS. E buscar atuação mais integrada com os demais estados da Suframa (Acre, Amapá, Rondônia e Roraima).
“Acredito que podemos apoiar os estados e os municípios de outras formas, além de recursos diretos. Por exemplo, na facilitação da confecção de projetos e na intermediação para obtenção de recursos”.
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Biotecnologia em pauta
Além dos 29 projetos aprovados, a reunião do CAS tratou do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).
O órgão foi destacado como importante para diversificar a matriz econômica do Amazonas a partir, sobretudo, de bionegócios.
Conforme Polsin, sua gestão vai “fazer de tudo para viabilizar o CBA e dar o retorno que a sociedade merece”.
De acordo com o secretário Costa, existe um compromisso do Ministério da Economia com a Suframa. E isso é para que, até o final do ano, resolver os principais entraves na gestão do CBA.
“A determinação é que o foco do CBA seja em bionegócios. Ele deve ocupar um espaço que hoje está incompleto de conexão entre investidores, ecossistema empreendedor, empresas, startups e o conhecimento para que os bionegócios floresçam na região”, afirmou.
Ele disse ainda que é preciso garantir ambiente favorável na região para o CBA se tornar desenvolvedor de negócios.
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Novas diretrizes
Costa afirmou ainda que o ministério trabalha em três prioridades para a região amazônica. Segundo ele, são diretrizes macroestratégicas.
“A primeira é tornar o modelo atual mais eficiente e rápido. E já conseguimos mais agilidade na aprovação dos projetos com menos burocracia, o avanço nos PPB, e vamos continuar fazendo isso”.
Conforme o secretário, a segunda diretriz é o desenvolvimento de novos vetores, que incluem a bioeconomia e os bionegócios.
“E a terceira é fazer com que o desenvolvimento seja equilibrado em toda a região”, afirmou.
*Texto organizado com informações da assessoria de imprensa da Suframa
Foto: Divulgação/Suframa