A população feminina ultrapassou a masculina no Amazonas, segundo dados do censo demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
Em 2010, no último levantamento, eram 1.751.328 homens residentes no Amazonas e 1.729.609 mulheres, uma diferença de 21.719.
Agora, a situação se inverteu: são 1.975.803 mulheres e 1.965.810 homens, ou seja, 9.993 pessoas do sexo feminino a mais.
Comparado ao penúltimo censo, houve um crescimento da população feminina de 12,5%. São 246.194 mulheres a mais.
Na mesma perspectiva do crescimento nacional, as mulheres no estado representam 50,13% da população contra 49,87% homens.
O levantamento, porém, revela uma curiosidade. Somente Manaus e Tabatinga possuem a população feminina maior que a masculina.
Nos demais municípios ainda prevalece número de homens maior que mulheres.
Com uma população de 2.063.689 pessoas, Manaus possui 1.064.847 mulheres (51,6%) e 998.842 homens (48,4%). São 66.005 mulheres a mais do que homens.
Tabatinga possui 104 mulheres a mais do que homens. Dos 66.764 residentes, 33.434 são mulheres (50,08%) e 33.330 são homens (49,92%).
Itacoatiara, a segunda maior população (103.598 pessoas), possui 52.868 homens (51,03%) e 50.730 mulheres (48,97%).
Manacapuru tem população masculina de 51,02% homens e 48,98% de mulheres.
Parintins apresenta taxa parecida, com 50,55% de homens e 49,45% de mulheres.
Canutama é onde essa diferença é mais acentuada. Dos 16.869 residentes no município, 53,56% são homens e 46,44% mulheres.
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Faixa de idade
No Amazonas, 27,3% da população possui até 14 anos; 65,7% de 15 a 64 anos; e 5,1% de 65 anos ou mais. 731 pessoas possuem 100 anos, sendo 242 homens e 489 mulheres.
A idade mediana no estado é 27 anos, abaixo da média nacional de 35 anos.
Para chegar a esse número, o IBGE utilizou “o critério de idade para dividir a população em duas partes iguais, ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população, no recorte geográfico”.
O índice de envelhecimento no estado é de 21,7%, considerado um dos mais baixos. No Rio Grande do Sul esse índice chega a 80,4%, o maior do Brasil.
O índice representa o número de pessoas com 65 anos e mais de idade em relação a um grupo de 100 crianças de zero a 14 anos.
Três municípios do estado estão entre os dez índices de envelhecimentos mais baixos: Japurá (8,67%), Maraã (9,25%) e Jutaí (9,47%).
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