O tucanato nacional já trabalha com a hipótese do PSDB formar uma chapa puro sangue, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na cabeça, e o prefeito de Manaus, Arthur Neto, vice, para disputar a Presidência da República, em 2018.
A informação circulou na manhã desta segunda-feira, dia 27, nos bastidores do seminário “O Futuro da Amazônia”, promovido na capital amazonense pelo jornal Folha de S. Paulo e que foi aberto por Arthur.
A possibilidade começou a ser considerada depois que aliados do presidente Michel Temer (PMDB) passaram a ver a pré-candidatura de Arthur com entusiasmo, conforme revelou na semana passada o próprio jornal paulista em sua edição impressa de sexta-feira. Leia mais sobre essa notícia .
Esse cenário leva em conta também o recuo de João Doria, após sua queda nas pesquisas e o avanço das articulações do próprio prefeito de Manaus, que lançou a sorte em setembro e já conseguiu provocar a realização de prévias tucanas para a escolha do presidenciável do partido.
Fontes ouvidas pelo BNC disseram que a formação da chapa Alckmin e Arthur pode ser uma solução a um possível debate acirrado entre os dois, aliviando a tensão dentro do PSDB, uma vez que o prefeito de Manaus já conta com o apoio de grande parcela do tucanato, inclusive a força liderada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que, na manhã desta segunda-feira, desistiu de sua candidato à Presidência do PSDB em favor de Alckmin.
Reforma Previdenciária
No seminário da Folha, na abertura do evento, o prefeito de Manaus defendeu a aprovação da reforma da previdência. Disse que é preciso ter coragem para enfrentá-la e evitar a justificativa de que em ano eleitoral não se vota nenhuma reforma.
“Se formos pensar assim, a reforma nunca será feita. Porque todo ano é ano eleitoral”.
Arthur também defendeu a Zona Franca de Manaus como modelo de desenvolvimento sustentável, responsável, segundo o tucano, por transformar renúncia fiscal em retorno tributário e por manter a floresta do Estado preservada.
Foto: BNC