Após articulações internas e uma série de reuniões, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica decidiram nesta terça-feira (30) deixar os cargos.
O comandante do Exército, general Edson Pujol, da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior e o da Aeronáutica, brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, estiveram reunidos com o ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, para comunicar a decisão.
O substituto de Azevedo e Silva, general Walter Braga Netto, é esperado no Ministério da Defesa para ser comunicado dos pedidos de demissão dos comandantes.
A nomeação dele foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União, mas ele ainda não tomou posse.
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Os altos comandos das Forças Armadas discutem uma lista tríplice para indicação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de possíveis novos comandantes.
No Exército, 14 generais quatro-estrelas são responsáveis pela escolha. Na Marinha, sete almirantes. Na Aeronáutica, sete brigadeiros do ar.
Troca na Defesa
Nesta segunda-feira (29), o Ministério da Defesa mudou de comando. Por decisão de Bolsonaro, saí o general Azevedo e Silva e entra um militar mais próximo ao presidente, o general Walter Braga Netto, que estava na Casa Civil.
Pressão
A relação do presidente da República com as Forças Armadas vive um momento de tensão. Pressionado politicamente, Bolsonaro tem se fechado cada vez mais em frases de efeito envolvendo os militares.
Com o desgaste do governo, o presidente tem exigido mais apoio público das Forças Armadas. Essa seria uma forma de angariar apreço popular.
Bolsonaro chegou a usar frases citando militares contra medidas de isolamento social impostas por governadores. A medida sanitária é uma das principais contra a propagação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil