Decreto no Amazonas evitou 1,3 mil mortes e 123 mil infectados, diz estudo
Decreto é de 19 de março, baixado pelo governador Wilson Lima (PSC) com base em orientação de comitê estadual instalado por causa da pandemia

Publicado em: 09/06/2020 às 13:37 | Atualizado em: 09/06/2020 às 13:37
Estudo divulgado hoje (9) aponta que o Decreto 42.087/2020, do Governo do Amazonas, evitou pelo menos 123 mil contaminações e 1,3 mil mortes pelo coronavírus (covid-19).
Os dados fazem parte de estudo do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ambientes Amazônicos, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E foi realizado em abril e maio, meses que significaram o pico da doença no estado.
Esse decreto é de 19 de março, baixado pelo governador Wilson Lima (PSC) com base em orientação de comitê estadual instalado por causa da pandemia. Dele fazem parte, por exemplo, órgãos do sistema de saúde do governo, como Susam (Secretaria de Saúde). Assim como a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).
Conforme o decreto, Wilson suspendeu atividades das escolas, de transporte fluvial de passageiros. Sobretudo os serviços não essenciais, como salões de beleza, barbearias e academias de ginástica e similares. E essas restrições continuam em vigor.
Por sua importância, o estudo foi destacado pela mídia nacional, como foi o caso do “Jornal Nacional”, da TV Globo.
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https://bncamazonas.com.br/municipios/suspensao-transporte-fluvial-salvou-12-mil-vidas-am-aponta-estudo/
Foco nas viagens de barco
De acordo com Renan Albuquerque, professor universitário, a pesquisa focou no transporte fluvial e estimou que uma pessoa pode transmitir o vírus para até outras quatro, conforme a taxa de contágio médio.
Além disso, a pesquisa usou 1% da taxa de mortalidade mundial para chegar à projeção de óbitos que ocorreriam com o transporte fluvial liberado.
“É essencial evitar a abertura de portos e hidrovias [neste momento], pois pode aumentar o contágio [nos municípios]”, disse o pesquisador.
Foto: Divulgação/Secom