“Se demitir Moro, seu governo acaba”, disse general a Bolsonaro irritado

A história está contada em livro e sua autora diz que o presidente ficou enfurecido com o ministro dele por ter pedido a Toffoli que reconsiderasse a decisão sobre paralisar investigações do Coaf.  

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 13/01/2020 às 18:16 | Atualizado em: 16/02/2020 às 14:24

Pedir para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, não paralisar as investigações do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) quase custou a cabeça do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. 

Foi o general Augusto Helenoministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), quem interveio na causa e pediu que o presidente Jair Bolsonaro não fizesse isso.  “Se demitir Moro seu governo acaba”, disse o general.

A história é contada no livro “Tormenta – O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos”, da jornalista Thaís Oyama, compartilhada por sites, blogs e portais, nesta segunda-feira (13). 

Segundo a jornalista, Bolsonaro ficou enfurecido com Moro por ter pedido a Toffoli que reconsiderasse a decisão sobre paralisar no país as investigações suspeitas de movimentação financeira.  

Na época, segundo a postagem do site Consultoria Digital, a decisão do ministro do Supremo, de paralisar as investigações em atividades financeiras, protegia diretamente o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro, investigado por corrupção em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 

 

 

 No entanto, segundo o livro, no fim de agosto, decidido em demitir seu ministro da Justiça, Bolsonaro foi convencido por Augusto Heleno de que não era uma boa ideia.

  

Foto: Antônio Cruz/ABr