Deputado do PL de Bolsonaro Ă© alvo de Moraes em desvio de emenda parlamentar

PolĂ­cia Federal acordou Gustavo Gayer com 19 mandados de busca e apreensĂ£o.

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas

Publicado em: 26/10/2024 Ă s 13:10 | Atualizado em: 26/10/2024 Ă s 13:10

Na sexta-feira, 25 de outubro, a PolĂ­cia Federal realizou uma operaĂ§Ă£o contra o deputado federal pelo PL de GoiĂ¡s, Gustavo Gayer, e seus assessores, com 19 mandados de busca e apreensĂ£o autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e anuĂªncia da Procuradoria-Geral da RepĂºblica (PGR).

Durante a aĂ§Ă£o, o celular de Gayer foi confiscado, e ele relatou em um vĂ­deo que foi acordado com a chegada dos agentes e defendeu sua inocĂªncia, afirmando nunca ter cometido irregularidades.

A PF informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as investigações preliminares indicam que Gayer Ă© a “peça central” de uma rede que desviava recursos parlamentares para benefĂ­cio prĂ³prio. As buscas ocorreram em BrasĂ­lia e em quatro cidades de GoiĂ¡s, onde um assessor do deputado foi encontrado com R$ 72 mil.

De acordo com o despacho de Moraes, Gayer Ă© descrito como o articulador principal da associaĂ§Ă£o criminosa, responsĂ¡vel por direcionar verbas destinadas a atividades pĂºblicas para interesses particulares. O documento tambĂ©m destacou que ele utilizou assessores pagos com recursos pĂºblicos para atender a demandas pessoais, mantendo essas atividades em locais financiados por sua cota parlamentar.

Gayer mencionou em suas redes sociais que foi surpreendido pela operaĂ§Ă£o e que nĂ£o obteve informações claras sobre as razões por trĂ¡s dela. Embora nĂ£o esteja concorrendo no segundo turno das eleições, ele apoia um candidato Ă  prefeitura de GoiĂ¢nia e criticou a interferĂªncia judicial em um perĂ­odo eleitoral.

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As suspeitas sobre Gayer incluem o desvio de recursos pĂºblicos de sua cota parlamentar para financiar empresas pessoais, como uma escola de idiomas e uma loja de roupas. As investigações tambĂ©m sugerem que ele criou e manipulou entidades fictĂ­cias para desviar verbas por meio de emendas parlamentares.

A operaĂ§Ă£o, denominada “Discalculia”, revelou indĂ­cios de falsificaĂ§Ă£o em documentos relacionados Ă  criaĂ§Ă£o de uma organizaĂ§Ă£o social, com nomes de crianças pequenas no quadro social da entidade.

A matéria é do G1. Leia na íntegra.

Foto: Vinicius Loures/CĂ¢mara dos Deputados