Deputado quer que Hapvida devolva dinheiro de serviços que não prestou

Conforme Sinésio Campos, a empresa enriqueceu ilicitamente no Amazonas

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 10/03/2023 às 00:03 | Atualizado em: 14/03/2023 às 10:34

A empresa de saúde Hapvida deve ser responsabilizada por enriquecimento ilícito e condenada a devolver 50% do dinheiro que recebeu de contrato com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Educação (Seduc). Isso foi o que defendeu neste dia 9, na Assembleia Legislativa (ALE-AM), o deputado Sinésio Campos (PT). O referido contrato foi rescindido recentemente.

De acordo com o deputado, metade dos servidores da Seduc é no interior do estado. A Hapvida se comprometeu em contrato em prestar atendimento de saúde nos municípios, mas nunca cumpriu.

Entretanto, recebia recursos por isso. Daí a conclusão de Campos que de que “50% do que essa empresa recebia do estado era por um serviço que não era prestado”.

Conforme o parlamentar, o convênio da Seduc com a Hapvida foi feito ainda no governo José Melo (2015-2017).

“O que cobrei hoje aqui é que fosse feita a prestação de contas junto à Justiça, para sabermos o quanto a Hapvida lesou os cofres do estado”.

Na sessão desta quinta-feira, dia 9, Campos pediu que a comissão de educação acompanhe o caso.


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Contrato não cumprido

Em 2016,  o Governo do Estado firmou um convênio com a Hapvida para plano de saúde para quase 30 mil servidores da Seduc.

Desde então havia denúncias de que a empresa não atendia os servidores dos 61 municípios do interior do estado. Dessa forma, em 2020 a empresa se comprometeu em investir para instalar bases de atendimento em pelo menos 11 municípios polos.

Apesar dessa facilidade que o acordo proporcionou à Hapvida, nem isso ela cumpriu.

Como resultado, neste dia 1º de março, o governador Wilson Lima (União Brasil) rescindiu o contrato da Seduc com a Hapvida.

Foto: divulgação/ALE