Deputados autores do pedido de uma nova CPI da saúde na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) divulgaram hoje (5) que estão por uma assinatura para instalação. O plenário da casa tem 24 parlamentares, dos quais sete já subscreveram, desde a semana passada, a proposta.
Conforme o objeto indicado no pedido, a CPI deve investigar atos do Governo do Estado durante a epidemia de covid (coronavírus).
Além disso, também sobre o governo, os deputados agora devem apurar o destino de verbas federais enviadas ao Amazonas para uso contra a epidemia.
Segundo os autores da proposta de CPI, Wilker Barreto e Dermilson Chagas , ambos do Podemos, e Delegado Péricles (presidente da primeira CPI), do PSL, as sete assinaturas incluem ainda a deputada Nejmi Aziz (PSD), Ricardo Nicolau (PSD), Roberto Cidade (PV) e Fausto Júnior (MDB).
Este último foi o relator da primeira versão da CPI, acusado de mentir quando interrogado no Senado, na CPI da covid. Ele disse que não indiciou o governador Wilson Lima (PSC) porque seus pares não deixaram. No entanto, de imediato foi desmentido por Péricles e Serafim Corrêa (PSB).
Fausto Júnior só hoje se dispôs a assinar o pedido. Ele é o principal aliado do senador Eduardo Braga (MDB) na ALE. E este é o maior interessado na investigação sobre o governo, de olho na cadeira em 2022. Já chegou, inclusive, a pedir intervenção federal no Amazonas.
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Oitavo elemento
Quanto ao oitavo nome a endossar a criação de nova CPI, as redes sociais especularam durante todo o dia sobre dois nomes, principalmente: Sinésio Campos (PT) e Serafim Corrêa.
Militante de esquerda chegou a dirigir mensagem em rede social ao petista, cobrando atitude a favor da CPI. Dessa forma, ela escreveu:
“Aos amigos e companheiros do Amazonas, o deputado e presidente do PT do Amazonas [Sinésio Campos] vai assinar o pedido de CPI da pandemia? Em caso de resposta negativa, qual é o motivo?”.
Além disso, fez outra provocação:
“Se o PT no Amazonas não dá voz aos mortos, qual é o sentido da sua existência? Se não pede uma CPI deve justificar essa posição e não com os militantes, mas com a sociedade”.
Foto: Divulgação / ALE-AM