Desobediência coletiva leva 22 capitais a vacinarem adolescentes
Médicos que trabalham no Ministério da Saúde ameaçam pedir demissão caso a pasta não recue da orientação contrária à vacinação de adolescentes
Publicado em: 18/09/2021 às 15:25 | Atualizado em: 18/09/2021 às 17:10
A desobediência à orientação do Ministério da Saúde leva 21 estados e o Distrito Federal a manterem a vacinação contra a covid (coronavírus) de adolescentes sem comorbidades de 12 a 17 anos no Brasil. O levantamento é do Jornal Hoje.
As faixas etárias variam conforme o lugar, e a aplicação depende do estoque de doses disponíveis.
Estão na lista da desobediência Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Palmas, Belém, Macapá, Boa Vista, Rio Branco, Porto Velho, Manaus, Maceió, Fortaleza, São Luís, Recife, Aracajú, Salvador, Campo Grande e Distrito Federal.
No caso de Salvador, Porto Velho e Manaus, a vacinação dos jovens retornou, neste sábado (18), após interrupção de 24 horas.
Já Natal anunciou, neste sábado, que vai começar a aplicar as doses na segunda-feira (20).
Goiânia e João Pessoa preferiram seguir a orientação do Ministério da Saúde e interromperam a imunização desta faixa etária.
Já Teresina, Curitiba e Cuiabá ainda não começaram a vacinar esse público.
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Drauzio Varela reage
O médico Drauzio Varella comentou, na quinta-feira (16), a decisão do Ministério da Saúde de restringir a vacinação de adolescentes com o argumento de que usa “cautela” diante de efeitos adversos a serem investigados. Segundo Drauzio, a medida foi tomada para “esconder erro do governo” sobre falta de vacinas.
“Qual é a finalidade de uma coisa dessas? Para justificar o fato de nós não termos vacinas suficientes porque não compramos quando elas estavam disponíveis. Para falsificar, para esconder um erro do governo você mente para a sociedade”, disse Drauzio em entrevista à Globo News.
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Foto: Altemar Alcântara/Semcom