Dois meses pós-massacre, revista no Compaj fecha com 37 presos feridos

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 06/03/2017 às 20:11 | Atualizado em: 06/03/2017 às 20:11
A operação conjunta realizada nesta segunda, dia 6, pelas forças de segurança pública do Amazonas e militares das Forças Armadas, além da Força Nacional, nesta segunda-feira, dia 6, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus resultou em 37 presos feridos depois de um tumulto em que houve tiros e explosões na parte interna do presídio.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, os presos do regime fechado tentaram enfrentar os agentes. “Foi preciso uma ação dura e dentro da lei para neutralizar os criminosos que tentam enfrentar a polícia em uma ação legítima e legal realizada pelas forças do estado e do governo federal”, disse.
Ouvidor-geral da Seccional Amazonas da Ordem dos Advogados do Brasil, que também integra a Comissão Nacional de Direitos Humanos, disse ter ouvido explosões e tiros durante a revista. Segundo a direção da ordem, ele foi impedido de acompanhar a revista.
Leia mais
http://amazonas.bncamazonia.com.br/municipios/oab-am-repudia-ter-sido-excluida-da-revista-no-compaj/
Várias ambulâncias foram vistas saindo do presídio com presos feridos, que não tiveram nomes divulgados e nem seus estados de saúde.
A operação de revista, que usou detectores de metal e de mina, foram encontrados 30 aparelhos de telefonia celular, com carregadores, e 123 armas brancas, entre barras de ferro, facas e facões, segundo a SSP-AM.
Fontes reconhece que as ações de revista precisam ser melhoradas, inclusive com equipamentos e tecnologia. Para ele, armas, celulares e outros objetos continuam entrando no principal presídio do Amazonas por conta da corrupção no sistema e a participação de parentes e visitantes dos presos.
Para o secretário de Administração Penitenciária (Seap), tenente-coronel Cleitmam Rabelo, a coisa já melhorou. “Na primeira operação foram localizados 140 celulares e hoje, nessa terceira revista desde janeiro, o número já caiu para 30 aparelhos, o que tem mostrado a eficiência das revistas”, afirmou.
Foto: Divulgação/Secom